O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o pacote fiscal proposto pelo governo poderá levar o dólar a voltar ao seu “patamar normal” após atingir a cotação recorde de R$ 6,27 na quarta-feira, 18 de dezembro de 2024. Durante uma entrevista, Alckmin destacou que a aprovação das medidas econômicas no Congresso é fundamental para conter a alta da moeda norte-americana.
Alckmin enfatizou que o Brasil possui reservas cambiais robustas, o que facilitará a recuperação da moeda no mercado. Ele afirmou: “A economia brasileira tem bases sólidas e, com a implementação de medidas imediatas, o índice do dólar tende a recuar”. Esta declaração surge em um momento em que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva busca aprovação de ajustes fiscais complementares, essenciais para a estabilidade econômica.
Entre as propostas em pauta, destaca-se a reforma tributária, que, segundo Alckmin, é considerada uma “reforma histórica”. A redução no valor do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) é uma das principais mudanças que busca aumentar a eficiência econômica e desonerar tanto investimentos quanto exportações.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, adiou para quinta-feira a votação da primeira Proposta de Emenda à Constituição (PEC) relacionada ao pacote de revisão de gastos. Esse adiamento pode ser visto como uma estratégia para garantir mais tempo de negociação, uma vez que a proposta necessita de pelo menos 308 votos para ser aprovada nas duas votações exigidas pela Câmara. Lira já havia mencionado que desafios em relação ao conteúdo das propostas poderiam afetar a votação.
“O problema não é dinheiro, emenda ou portaria. O Congresso tem atribuições e responsabilidades. Precisamos de tempo para analisar as propostas adequadamente”, afirmou Lira. As expectativas são de que, com a colaboração do Legislativo e a aprovação dos textos, o Brasil possa restabelecer a confiança dos investidores e estabilizar a sua moeda.