Em uma declaração recente, o Bank of America revelou que espera dobrar sua receita e o número de clientes no México ao longo dos próximos cinco anos. Essa expectativa vem à tona mesmo com as ameaças de tarifas propostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Durante uma entrevista, Emilio Romano, chefe do banco no México, ressaltou a confiança na integração econômica do México com os Estados Unidos.
Atualmente, o banco conta com cerca de 400 clientes no México e pretende aumentar esse número para 800. Vale lembrar que, até o momento, os serviços oferecidos são restritos a instituições, com a exclusão de clientes individuais. Romano comentou: “O México não se desviará dessa integração econômica norte-americana, não há volta”. Essa afirmação reforça a ideia de que as conexões entre os países são profundas e improváveis de serem interrompidas.
No entanto, o futuro é incerto, especialmente com as ameaças tarifárias de Trump levantando questões sobre o impacto no Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). O executivo ainda sugere que essas ameaças podem ser meras estratégias de barganha nas negociações comerciais, o que diminui a probabilidade de sua aplicação efetiva.
A expectativa de crescimento do Bank of America no México destaca uma tendência mais ampla de investimentos em nearshoring, onde empresas multinacionais consideram o país como um local preferencial para operações comerciais devido à sua proximidade com os EUA. Especialistas acreditam que esse movimento pode resultar não apenas em um aumento no número de clientes, mas também na criação de milhares de empregos em várias indústrias.
A questão das tarifas e do clima de negócios precisa ser monitorada de perto, pois pode influenciar não apenas as operações do Bank of America, mas o cenário econômico como um todo no México. Enquanto isso, o banco se prepara para um futuro otimista, mesmo diante de incertezas políticas e econômicas que possam surgir ao longo do tempo.