Na véspera de Natal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se envolveu em um incidente alarmante em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Policiais admitiram ter disparado contra o carro de Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, que foi atingida na cabeça e encontra-se em estado grave no hospital.
Os agentes, que normalmente atuam em funções administrativas, estavam escalados para o plantão natalino no dia 24 de dezembro. Durante a abordagem, utilizaram dois fuzis e uma pistola automática, todos apreendidos para perícia. Segundo o superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, a equipe ouviu disparos e, ao suporem que a origem do som fosse o veículo da jovem, abriram fogo, o que foi reconhecido como um grave erro.
“Nada justifica o que aconteceu,” afirmou Almada, destacando que a abordagem foi totalmente equivocada e fora dos padrões de treinamento da PRF. Ele pediu desculpas à família da vítima e reiterou a importância de uma apuração rigorosa sobre as circunstancias do incidente.
O superintendente solicitou uma investigação independente pela Polícia Federal (PF) para garantir a transparência e a imparcialidade nas apurações. Vale destacar que o tiro ocorreu em uma estrada onde uma patrulha da PRF teria sido alvo de um ataque anteriormente, culminando em uma confusão que resultou na abordagem desnecessária ao veículo de Juliana.
O disparo contra o veículo não apenas deixou Juliana em estado crítico, mas também levantou questões sobre a atuação e o treinamento dos policiais rodoviários. O pedido de intervenção da PF mostra uma resposta proativa da PRF para lidar com a situação e poderia ser uma oportunidade para revisitar os protocolos de segurança e procedimentos operacionais em situações de risco.
As consequências desse incidente vão além da saúde da jovem; ele também abala a confiança da população nas forças de segurança. Este evento sublinha a necessidade de melhor preparação e supervisão das ações policiais, especialmente em momentos de tensão e incerteza.
O caso de Juliana serve como um chamado à responsabilidade para todas as autoridades envolvidas. Existe uma pressão crescente por maior clareza e justiça, não só para a jovem e sua família, mas para todos os cidadãos que interagem com a polícia. Espera-se que mudanças significativas sejam implementadas para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.