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  • Impactos das Mudanças Climáticas no Saneamento Básico do Brasil até 2050

    Impactos das Mudanças Climáticas no Saneamento Básico do Brasil até 2050

    O estudo desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil, em colaboração com a Way Carbon, revela uma ameaça significativa ao saneamento básico no Brasil devido às mudanças climáticas previstas até 2050. A pesquisa aponta que fenômenos climáticos extremos, como tempestades, secas e ondas de calor, podem comprometer tanto o abastecimento de água quanto o tratamento de esgoto em várias regiões do país.

    Entre os estados que mais poderão sofrer com a contaminação das águas superficiais e a sobrecarga dos sistemas de esgotamento sanitário estão o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que enfrentam riscos elevados após eventos de chuvas fortes. As tempestades, além de aumentarem a sedimentação em mananciais, tendem a sobrecarregar os sistemas de drenagem e tratamento de esgoto, exigindo um esforço extra das autoridades locais.

    O estudo também destaca que os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro enfrentam vulnerabilidades significativas nos seus sistemas de abastecimento de água, afetados por tempestades. Enquanto isso, regiões como Mato Grosso do Sul e Amazonas se mostram mais suscetíveis a ondas de calor, enquanto o Ceará, o Rio Grande do Norte e a Paraíba são particularmente vulneráveis a períodos prolongados de seca.

    À medida que as projeções climáticas indicam um aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos no Brasil até 2050, é vital que políticas públicas e investimentos em infraestrutura de saneamento considerem esses novos desafios. Esperam-se tempestades mais severas no Sul e Sudeste, maiores ondas de calor no Norte e Nordeste, e secas prolongadas no Nordeste, demandando uma resposta à altura das necessidades das comunidades mais afetadas.

    Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, comenta sobre a urgência de ações: “Em 2024 vivemos os impactos das mudanças climáticas na pele. É imprescindível que haja investimento em adaptação a cenários climáticos extremos, promovendo a resiliência das comunidades mais afetadas”. A implementação de políticas de adaptação será um passo fundamental para garantir a segurança hídrica no Brasil nas próximas décadas.