Tag: taxa Selic

  • Pacote Fiscal Aprovado: O Caminho para Zerar o Déficit em 2025 e Impulsionar a Economia Brasileira

    Pacote Fiscal Aprovado: O Caminho para Zerar o Déficit em 2025 e Impulsionar a Economia Brasileira

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que as medidas do pacote fiscal, embora modificadas pelo Congresso, foram amplamente aceitas, apontando para um futuro sem déficit nas contas públicas até 2025. Segundo Alckmin, “não tendo déficit, devemos ter juros menores e um crescimento econômico maior”.

    O pacote, que inclui três medidas legislativas, teve sua expectativa de economia ajustada. Inicialmente, o governo previa uma economia de R$ 71,9 bilhões em dois anos, mas após reformas propostas pelos parlamentares, esse valor foi reavaliado para R$ 69,8 bilhões.

    A expectativa de inflação para 2024 subiu de 4,89% para 4,91%, refletindo desafios, como o aumento nos preços dos alimentos, causados por secas severas. Alckmin criticou a decisão do Banco Central de aumentar a taxa Selic, alegando que a elevação dos juros não resolve problemas inflacionários provocados por fatores climáticos e geopolíticos.

    Além disso, Alckmin expressou otimismo em relação à produção agrícola, prevendo um aumento significativo de 5,8% em 2025, o que pode gerar mais empregos e promover a redução de preços. O vice-presidente também comentou sobre a importância da internalização do tratado entre União Europeia e Mercosul, que promete fortalecer o comércio exterior e a criação de empregos.

    Por fim, a colaboração entre o governo e o Congresso é vista como crucial para a implementação bem-sucedida das medidas fiscais. Alckmin afirmou que o mais importante do acordo já foi realizado e que agora é necessário focar na internalização do pacote que promete beneficiar a economia brasileira de forma abrangente.

  • Mercado Eleva Projeção da Taxa de Juros e Expectativas para a Inflação em 2025

    Mercado Eleva Projeção da Taxa de Juros e Expectativas para a Inflação em 2025

    O mercado financeiro ajustou novamente suas previsões para a taxa básica de juros (Selic), projetando um aumento que pode levar o indicador a 14,75% ao ano até o final de 2025. Esse ajuste significativo na expectativa reflete um cenário econômico que continua a ser desafiador devido à inflação crescente e à dinâmica do PIB.

    De acordo com o Boletim Focus, a estimativa da Selic subiu de 14% para 14,75% em apenas uma semana, evidenciando a preocupação dos analistas com a inflação, que já apresenta projeções de 4,91% para 2024. Essa situação representa uma deterioração nas expectativas, indicando que a economia brasileira pode enfrentar um período prolongado fora da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central.

    A Selic desempenha um papel crucial na economia, pois é a taxa que orienta as alíquotas de empréstimos e financiamentos em todo o país. Atualmente fixada em 12,25% ao ano, a Selic é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), que tem como uma de suas principais funções controlar a inflação. Com a recente alta nas projeções, espera-se que o Banco Central tome medidas adicionais para conter a escalada dos preços, uma estratégia que pode desacelerar o consumo e, por conseguinte, a produção.

    Paralelamente, o mercado também revisou suas expectativas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Inicialmente projetado para crescer 3,17%, a mediana agora sugere uma alta de 3,49%. Esse aquecimento econômico, embora positivo em algumas perspectivas, levanta preocupações sobre pressões inflacionárias, já que uma demanda maior por produtos e serviços pode impulsionar os preços.

    Além disso, a previsão para o câmbio indica que o dólar pode atingir R$ 6,00 ao final do ano, um patamar recorde. A valorização da moeda estrangeira está diretamente relacionada ao aumento no custo das importações, o que também impacta a inflação interna, exigindo atenção estratégica do Banco Central.

    Os analistas alertam que, se as previsões do Boletim Focus se confirmarem, o Brasil poderá passar dois anos consecutivos sem alcançar a meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de até 4,5%. Essa realidade pode elevar a cautela entre os investidores e impactar decisões de investimentos e consumos futuros.

    Em suma, a combinação de uma Selic elevada com uma inflação persistentemente alta e uma dinâmica de crescimento do PIB que pode trazer novos desafios apresenta um cenário que exige atenção redobrada de economistas, investidores e da população em geral. As futuras decisões do Banco Central serão cruciais para equilibrar crescimento econômico e controle inflacionário.

  • Gabriel Galípolo Defende Políticas de Fernando Haddad e Foco no Controle da Inflação à Frente do Banco Central

    Gabriel Galípolo Defende Políticas de Fernando Haddad e Foco no Controle da Inflação à Frente do Banco Central

    Gabriel Galípolo, o próximo presidente do Banco Central (BC), compartilhou sua confiança nas diretrizes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante um evento em São Paulo. Ele afirmou que seu papel não é criticar a política fiscal do governo, mas sim analisar seu impacto no mercado financeiro.

    “Meu papel aqui não é fazer qualquer tipo de comentário sobre política fiscal. O Banco Central analisa a política fiscal a partir do seu impacto no preço de ativos. Mas eu tenho convicção no empenho do meu amigo Fernando Haddad. Se ele acredita que uma medida é o certo para a sociedade, ele vai até o final”, declarou Galípolo.

    No evento da Esfera Brasil, Galípolo também enfatizou que seu objetivo será ajudar a equipe econômica a entender como as decisões impactam o mercado. Ele destacou: “Fazemos o laudo”, reforçando que seu papel é técnico e não envolvido em decisões políticas.

    Galípolo também foi questionado sobre a alta prevista da taxa Selic, atualmente fixada em 11,25% ao ano, com expectativas de que chegue a 13% em maio de 2025. Ele garantiu que o Banco Central está comprometido com a meta de inflação de 3%, reiterando que “o Banco Central vai cumprir o seu mandato e segue firme em seu objetivo”.

    Desde o início do ano, o governo, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, tem criticado as políticas do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, principalmente em relação aos aumentos da Selic que incidem sobre a economia. Galípolo, indicado por Lula para presidir o BC a partir de 2025, não descartou a possibilidade de um aumento nas taxas de juros sob sua gestão, afirmando que a função da autarquia “não é ser aplaudido”.

    O novo presidente do Banco Central mencionou ainda sua participação recente em uma reunião com o presidente Lula, onde se discutiu o pacote de cortes de gastos que está sendo implementado. Este fato demonstra a aproximação entre as diretrizes econômicas do governo e a atuação do BC, que procura equilibrar crescimento e controle da inflação, uma preocupação que promete ser central em sua gestão.

  • JPMorgan Antecipação: Copom poderá Elevar a Selic devido a Pacote Fiscal de Haddad

    JPMorgan Antecipação: Copom poderá Elevar a Selic devido a Pacote Fiscal de Haddad

    Na perspectiva econômica brasileira, o JPMorgan anunciou um aumento projetado de 1 ponto percentual na taxa Selic durante a próxima reunião do Copom nos dias 10 e 11 de dezembro de 2024. A expectativa é que a taxa atinja 14,25% em março, reflexo do tensionamento entre políticas fiscal e monetária.

    A mudança na projeção é uma resposta direta ao pacote fiscal recentemente anunciado pelo governo, o que levanta preocupações sobre a capacidade de conciliar saúde fiscal com a manutenção de taxas de juros acessíveis para o mercado. Este novo cenário sugere uma estratégia mais agressiva que pode impactar a economia de diferentes maneiras.

    Os economistas do JPMorgan avaliaram que o corte de R$ 30,6 bilhões proposto inicialmente pode resultar em uma economia real de apenas R$ 15 bilhões. A análise indicou que, até o início de novembro, as altas de 0,5 ponto percentual por reunião ainda eram planejadas, mas o ambiente atual leva a crer que o Banco Central pode ter que aumentar as taxas mais rapidamente do que o anteriormente estimado.

    “Esperávamos que a política fiscal implementasse medidas para evitar uma espiral negativa de expectativas, mantendo o {{arcabouço fiscal}} sob controle e garantindo a confiança dos mercados”, comentam os economistas. No entanto, com os novos anúncios fiscais, essa suposição se mostrou otimista, e agora aguardam um ciclo de elevações em um ritmo mais rápido do que o previsto.

    A análise crítica do pacote fiscal também aborda o impacto no câmbio e nas expectativas de inflação, reforçando que os riscos econômicos podem exigir um ajuste mais forte nas taxas de juros. A reforma do imposto de renda, que propõe a diminuição dos impostos para renda média e aumento para renda alta, é um ponto de preocupação, pois pode prejudicar as receitas do governo, elevando o déficit previsto em 2026.

    • Aumento esperado da Selic para 14,25% em março.
    • Projeções da economia geradas por pacotes fiscais podem ser exageradas.
    • Possível deterioração na credibilidade da política econômica.
    • Riscos de inflação e câmbio mais fraco podem afetar a decisão do Copom.

    Com tudo isso, a equipe econômica da JPMorgan acredita que uma abordagem monetária gradual poderia piorar as expectativas inflacionárias. A certeza sobre as políticas fiscais e monetárias no Brasil permanece volátil, colocando o foco novamente na necessidade de rigor e clareza das ações do governo.