O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou na terça-feira (19.nov.2024) a compra de 50% das ações da Gera Maranhão pela Eneva por R$ 301 milhões. A Gera Maranhão, uma companhia maranhense, estava sob a tutela do BTG Pactual, que detinha a participação em sua totalidade. A confirmação desta transação é um marco significativo para o setor de energia no Brasil.
A negociação, realizada na quinta-feira (14.nov.2024), aguardava a autorização do Cade para se concretizar. É importante destacar que a Eneva planeja adquirir 100% da Gera Maranhão nos próximos meses. Isso será possível através de um mecanismo conhecido como “tag along”, que permite aos demais acionistas venderem suas ações nas mesmas condições acordadas entre a Eneva e o BTG.
A Gera Maranhão opera duas usinas térmicas a diesel, a UTE Geramar I e a UTE Geramar II, ambas localizadas em Miranda do Norte (MA). Com uma capacidade total de 332 MW (megawatts), essas usinas são fundamentais para o fornecimento de energia na região. O negócio faz parte de um movimento mais amplo da Eneva, que busca expandir sua presença no mercado, adquirindo um parque térmico que inclui seis diferentes usinas do BTG, com planos anunciados em julho deste ano.
As novas aquisições da Eneva incluem diversos ativos no setor de energia: entre eles, a Tevisa, que opera a UTE Viana (com capacidade instalada de 174,6 MW) e a UTE Viana I (37,5 MW); a Povoação Energia, controladora da UTE Povoação I (75 MW); e a Linhares Geração, que opera a UTE Luiz Oscar Rodrigues de Melo (240 MW). Essas aquisições reforçam a estratégia da Eneva de se tornar um player ainda mais relevante no setor energético brasileiro.