O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, expressou suas preocupações quanto ao crescente nível de insegurança no Brasil em um evento realizado no dia 21 de novembro de 2024. Ele destacou que a sociedade está vivenciando uma onda de raiva, agressividade e perigo, especialmente após eventos como as explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília e o recente plano para assassinar figuras chave do governo, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Barroso ressaltou: “A segurança é uma preocupação. Eu confio em quem cuida disso para mim e entrego a ele e a Deus“. Essa preocupação crescente é um reflexo dos perigos iminentes que ameaçam a integridade da democracia no Brasil. “Onde foi que nós perdemos a nossa alma afetuosa, alegre e irreverente?”, perguntou o presidente do STF, enfatizando a necessidade urgente de restaurar a ordem e a segurança no país.
A declaração de Barroso ocorreu em um momento crítico, à medida que a operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal em 19 de novembro, investiga uma organização criminosa que tentava planejar um golpe de Estado. Essa organização seria composta por membros de um grupo militar, conhecido como kids pretos, com conexões nas Forças Especiais do Exército, e contaria com o apoio de um policial federal.
No mesmo contexto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 34 pessoas foram indiciados por sua possível participação em tentativas de desestabilizar o governo. Barroso afirmou que o Brasil esteve “perto do inimaginável”, mas que “passou no teste da institucionalidade”. Ele observou que atos extremos como esses sublinham um histórico grave de radicalismo que precisa ser enfrentado com seriedade.
O presidente do STF lembrou eventos como a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e destacou a dificuldade do Brasil em punir os responsáveis. Segundo ele, “No Brasil, as pessoas querem anistiar antes de julgar”. Ele reiterou que, embora muitos possam discordar de algumas decisões do STF, a condução do ministro Alexandre de Moraes foi séria e corajosa.
- Aumento da violência e da insegurança no país
- Operação Contragolpe e indiciamentos relacionados
- Necessidade de restaurar a ordem e a segurança pública
- Desafios da justiça em punir atos de extremismo
Barroso concluiu sua fala enfatizando que a justiça deve agir rapidamente para evitar que tais situações se repitam. O papel das instituições é crucial para garantir que a democracia prevaleça diante de ameaças crescentes e que o respeito ao Estado de Direito seja restabelecido.