O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou a nomeação de Russell Vought como o novo diretor do Escritório de Planejamento e Orçamento (OMB), um papel crucial dentro da estrutura da Casa Branca. Vought, que já exerceu essa função durante o primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021, é conhecido por sua postura linha-dura em relação a despesas sociais.
O OMB, sigla em inglês para Office of Management and Budget, tem a importante missão de supervisionar a política orçamentária que será implementada por Trump ao longo de seu próximo mandato. A expectativa é que Vought intensifique seus esforços para cortar gastos, especialmente aqueles que não estão diretamente relacionados à segurança nacional e às forças armadas. No entanto, ele defende a manutenção dos gastos com programas vitais, como a Previdência Social e o Medicare.
Em um contexto de forte polarização política, a proposta de Vought suscita críticas, principalmente entre os opositores que veem sua política como um potencial ataque aos direitos sociais. Durante sua trajetória, Vought foi uma das mentes por trás do polêmico Projeto 2025, que visa “desconstruir o Estado administrativo”, promovendo uma diminuição da intervenção federal em diversas áreas. Segundo ele, o objetivo é devolver o poder aos cidadãos e às comunidades.
Os desafios que Vought enfrentará na nova função são significativos. Ele é percebido como um defensor de cortes drásticos na burocracia do governo e acredita que a “ousadia para dobrar ou quebrar a burocracia” é essencial para o sucesso do novo governo. Além disso, sua visão inclui a ideia de que os recursos devem ser direcionados de volta para as famílias, comunidades religiosas e governos locais, em vez de ficarem concentrados em Washington.
Além de Vought, Trump também concluiu a nomeação para todos os seus 15 departamentos, antecedendo a escolha do Representante Comercial dos EUA e de outros altos cargos na administração. A composição do novo governo indica uma prioridade de alocar aliados políticos e apoiadores nos principais postos, refletindo a continuidade da estratégia política do ex-presidente em seu novo mandato.