O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou, neste sábado (23 de novembro de 2024), que ultrapassou o número necessário de assinaturas exigidas para a fundação do novo partido intitulado Missão. Com a meta de apresentar candidatos nas eleições presidenciais de 2026, o movimento informou ter coletado 809.357 fichas de apoio, superando as 547.042 requeridas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o coordenador do MBL, Renan Santos, pelo menos 200 mil dessas assinaturas já foram validadas, e o movimento planeja finalizar todo o processo até outubro de 2025. Essa iniciativa se alinham aos compromissos do MBL com reformas políticas abrangentes e a concepção de uma nova Constituição para o Brasil, com uma proposta de mudança na estrutura legal do país.
A convenção, que ocorreu na zona leste de São Paulo, teve uma participação significativa, contando com a presença de cerca de 3.000 pessoas. Os ingressos variaram de R$ 396 a R$ 1.197, refletindo o interesse e o investimento que o movimento está colocando na nova empreitada. Durante o evento, Santos declarou: “Não vai ter Milton Leite, União Brasil que nos fará desistir. Nós não apoiaremos nenhum outro candidato. Essa é uma decisão política”.
Entre os possíveis candidatos à presidência estão Arthur do Val, um ex-deputado estadual conhecido por polêmicas, e o empresário Cristiano Beraldo. Arthur, que foi cassado em 2022 após declarações controversas durante uma viagem à Ucrânia, é uma figura central nas discussões sobre a liderança do novo partido. Além disso, Kim Kataguiri, um deputado federal vinculado ao MBL, também expressou sua intenção de concorrer ao Senado nas próximas eleições, sublinhando a necessidade urgente de reformas constitucionais e eleitorais.
O MBL e seu novo partido, Missão, buscam não apenas o crescimento político, mas também explorar novas formas de monetização de seu conteúdo nas redes sociais e até a criação de uma editora de livros, conforme mencionado durante o evento. A proposta de uma nova Constituição é uma promessa de revitalização da política brasileira, fazendo um apelo à mudança frente ao que muitos consideram um sistema político ultrapassado, refletido na frase de Renan Santos: “Nós não podemos viver sob a égide daquela gente velha do PMDB, da Arena”.
À medida que as eleições se aproximam, a mobilização e o apoio popular do MBL serão considerados cruciais para que o partido consiga se estabelecer e influenciar o panorama político do Brasil em um futuro próximo.