Na última terça-feira, 14 de janeiro de 2025, Sidônio Palmeira foi empossado como novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência). Em uma entrevista à GloboNews, ele ressaltou que sua principal prioridade será destacar os feitos positivos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o ministério não será utilizado como um palanque para potencializar a popularidade do presidente visando a sua reeleição em 2026.
“O governo quer mostrar tudo que está sendo feito e o que vai fazer até 2026, quando termina o seu mandato. A preocupação não é com reeleição, mas sim em comunicar o trabalho realizado e as futuras ações. Reeleição é uma consequência e não o foco principal”, declarou Sidônio.
O publicitário, que desempenhou um papel crucial na campanha eleitoral vitoriosa do PT em 2022, já atua como conselheiro do presidente desde o início do seu terceiro mandato, em 2023. Ele intensificou sua presença no Palácio do Planalto, desenvolvendo estratégias de comunicação e divulgação para as decisões governamentais.
Entretanto, a popularidade do presidente Lula enfrenta um desafio considerável. Desde o começo de seu mandato, as taxas de desaprovação começaram a subir, alcançando 48% em dezembro de 2024, segundo dados do PoderData. O Atlas Intel também mostrou uma desaprovação similar, com 49,8% de reprovação. Essa queda na popularidade acendeu um sinal de alerta no governo, criando a necessidade de uma comunicação mais eficaz e conectada com a população.
Comunicação e estratégia foram temas centrais nas declarações de Sidônio. Ele ressaltou que a comunicação do governo deve ser honesta e direta, buscando alcançar a população por meio das diversas plataformas disponíveis, desde a televisão até as redes sociais, onde a influência está crescendo exponencialmente. Assim, após uma fase de críticas à comunicação governamental, Sidônio buscará reverter essa imagem e restaurar a confiança da população no governo.
Além disso, Sidônio estava ciente dos desafios que enfrenta. Questionado sobre o estado de saúde de Lula e a falta de um sucessor claro, ele reconheceu que o momento atual exige uma comunicação deliberada e estratégica, visando um futuro mais calmo para as próximas eleições, mas seu foco ainda permanece nas entregas e feitos do governo.
A nova abordagem de comunicação de Sidônio também inclui a disposição de manter uma preferência pelos veículos do Grupo Globo, onde pretende seguir a estratégia utilizada nos anos anteriores, com ministros dedicando tempo considerável às mídias tradicionais. Essa escolha, no entanto, é alvo de controvérsia, principalmente considerando o crescimento das redes sociais e o impacto que elas têm na política atual.