No último domingo, 22 de dezembro de 2024, a Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, desabou em meio a condições climáticas adversas, resultando em tragédia com quatro mortes e treze desaparecidos. A queda não apenas ceifou vidas, mas também provocou um incidente ambiental, pois veículos, como caminhões carregando ácido sulfúrico e pesticidas, despencaram no rio Tocantins, causando contaminação parcial nas águas. A Polícia Federal (PF) foi acionada e já deu início a uma investigação aprofundada.
Analisando a situação, as superintendências regionais da PF nos dois estados, apoiadas por peritos do Instituto Nacional de Criminalística, trabalham para identificar as causas do desabamento e avaliar os danos ambientais decorrentes. Especialistas em engenharia civil e meio ambiente estão envolvidos nesse processo crucial, ressaltando a gravidade da situação que ultrapassou meramente um acidente de tráfego.
De acordo com informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), a ponte já apresentava problemas estruturais desde 2020, mas apesar das recomendações de reparo, as obras iniciadas em maio de 2024 não avançaram como esperado. A decisão de instaurar uma sindicância visa esclarecer responsabilidades, e as investigações estão previstas para iniciar na quinta-feira, 26 de dezembro de 2024.
O diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão, confirmou que uma comissão irá ao local do desabamento para realizar a coleta de documentos e iniciar a apuração. Além disso, há planos de envolver órgãos externos na análise dos fatos. “A comissão está autorizada a levantar todos os fatos e requerer documentos a órgãos de qualquer esfera administrativa”, afirmou Galvão, destacando a necessidade de um trabalho articulado para entender as falhas que levaram a esse trágico evento.
É importante lembrar que a queda da ponte não é um caso isolado no Brasil. Estruturas deficientes em várias regiões do país levam a questionamentos sobre a manutenção das infraestruturas públicas. A população aguarda ansiosamente por respostas e ações efetivas que evitem futuras tragédias como esta.