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  • Brasil e China Firmam Acordo de Cooperação para Projetos Conjuntos

    Brasil e China Firmam Acordo de Cooperação para Projetos Conjuntos

    Em uma reunião no Palácio da Alvorada, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping, anunciaram um novo acordo de cooperação. O entendimento, firmado em 20 de novembro de 2024, cria um plano para identificação e seleção de projetos conjuntos que visam fomentar investimentos significativos nos dois países.

    Com um foco em cooperar em áreas prioritárias, o acordo resultará na criação de duas forças-tarefa. Essas equipes serão responsáveis pela elaboração e apresentação de propostas em um prazo de dois meses. No Brasil, as iniciativas poderão englobar projetos do Novo PAC, do Plano Nova Indústria Brasil, e do Plano de Transformação Ecológica, bem como do Programa Rotas da Integração Sul-Americana.

    Por sua vez, a China buscará integrar os projetos ao escopo da Iniciativa Cinturão e Rota, uma estratégia abrangente de infraestrutura promovida por Pequim. O presidente Lula enfatizou sua intenção de estabelecer uma cooperação que se estenda pelos próximos 50 anos, com foco em desenvolvimento sustentável, inteligência artificial, e transição energética.

    • Infraestrutura Sustentável: Projetos que visam melhorar a infraestrutura do Brasil e da China.
    • Transição Energética: Eixos investimentos em energia renovável e tecnologia limpa.
    • Inteligência Artificial: Colaboração nas áreas de tecnologia digital e inovação.
    • Saúde e Aeroespacial: Setores a serem explorados para desenvolvimento conjunto.

    Apesar das expectativas chinesas para a adesão formal do Brasil à Iniciativa, o governo brasileiro optou por não se vincular integralmente a essa estratégia. O foco é manter um relacionamento produtivo com a China, ao mesmo tempo evitando um alinhamento direto em um contexto geopolítico complexo, especialmente com a crescente tensão entre a China e os Estados Unidos.

    Através da expressão “sinergia”, o governo brasileiro procura equilibrar interesses mútuos, permitindo que o Brasil continue a buscar investimentos sem se comprometer com uma estratégia exclusiva. Os quatro eixos centrais para a participação chinesa estão claramente definidos: são eles a execução de obras essenciais do Novo PAC, a reestruturação das rotas de integração na América do Sul, o apoio a projetos de transição energética, e a modernização do parque industrial do Brasil.

    Além disso, a colaboração entre Brasil e China se dá no contexto do Brics, o bloco que também inclui Índia, Rússia e África do Sul. Recentemente, Brasil e China se uniram para apresentar uma proposta de resolução política em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, reforçando sua proximidade e intenção de trabalhar juntos em fóruns internacionais.