O governo dos Estados Unidos tomou uma atitude ousada contra o Google, propondo que a gigante da tecnologia venda seu navegador Chrome como parte de uma ação antitruste. Essa movimentação surgiu após um juiz determinar que o Google estabeleceu um monopólio ilegal no mercado de buscas online, obrigando a Alphabet, sua controladora, a implementar correções até agosto de 2025.
Com uma avaliação de aproximadamente US$ 2 trilhões e dominando cerca de 67% do mercado global de navegadores, o Google não é estranha a acusações de práticas monopolistas. Em 2021, a empresa gastou cerca de US$ 26,3 bilhões para garantir sua posição como mecanismo de busca padrão em dispositivos de gigantes como Apple e Samsung.
Além da proposta de venda do Chrome, o governo também apresentou a opção de que o Google escolha entre descontinuar a obrigatoriedade de seu serviço em celulares com o sistema Android ou vendê-lo. O não cumprimento de qualquer uma dessas condições resultaria em uma venda forçada.
Recentemente, outra grande ação antitruste pôs o Google sob os holofotes, quando foi iniciado um julgamento por suas práticas no mercado de publicidade digital. As alegações incluem manipulação do mercado para prejudicar concorrentes e práticas que limitam a concorrência justa.
Com o futuro do Google em risco, surgem questões sobre a viabilidade de serviços de tecnologia que mantêm um controle tão amplo sobre o acesso e diversão de informações. À medida que as ações antitruste tomam forma, o panorama digital pode passar por mudanças significativas, afetando tanto consumidores quanto o próprio modelo de negócios das grandes corporações de tecnologia.