A OPEP+ está prestes a tomar uma decisão crucial para o futuro do mercado de petróleo.
Com a reunião de dezembro se aproximando, a expectativa é que a organização decida por prorrogá-los cortes na produção de petróleo. Analistas do UBS acreditam que essa extensão, que deve durar mais três meses, irá abranger o primeiro trimestre de 2025, um período tradicionalmente caracterizado por uma demandas fracas.
Essa estratégia visa garantir que os preços não caiam para baixo de US$ 70 por barril, evitando assim uma pressão adicional no mercado. Atualmente, os preços do petróleo se aproximam do seu limite inferior, o que torna a opção de aumento da produção menos viável.
O UBS sinaliza que a mantenção dos cortes permitirá que a OPEP+ mantenha a flexibilidade necessária para ajustar a produção em resposta a interrupções inesperadas ou a um aumento maior da demanda do que o esperado. https://www.poder360.com.br/wp-content/themes/poder/assets/img/ico/Vector.svg
Além disso, países como Iraque, Cazaquistão e Rússia têm se esforçado para cumprir as cotas de produção estabelecidas, reforçando ainda mais essa abordagem conservadora. O alerta dos analistas é claro: um aumento da oferta antes do momento apropriado poderia desencadear um cenário de superávit, levando os preços do Brent a níveis críticos.
Os especialistas estão otimistas e acreditam que, com o corte de produção, os preços do Brent deverão se manter em torno de US$ 75 por barril até o final de 2024. Esta postura cuidadosa da OPEP+ reflete uma tentativa de equilibrar a delicada relação entre oferta e demanda.
O reconhecimento de que o mercado de petróleo está em ajuste fino é fundamental, especialmente em um cenário onde as projeções para 2025 indicam um aumento na oferta de países que não pertencem à OPEP+, alinhado a um crescimento moderado da demanda. Há uma expectativa crescente de que os cortes se estendam até meados de 2027, quando se espera uma desaceleração no crescimento da oferta.