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  • Trump Nomeia Matt Whitaker como Embaixador dos EUA na Otan

    Trump Nomeia Matt Whitaker como Embaixador dos EUA na Otan

    O presidente Donald Trump fez uma escolha significativa ao nomear o ex-procurador-geral Matt Whitaker como o novo embaixador dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A decisão, anunciada na última semana, gerou discussões sobre o futuro da aliança militar, que conta com a participação de potências como França e Reino Unido.

    Ao dar a notícia, Trump elogiou Whitaker, descrevendo-o como “um forte guerreiro e patriota leal”. Segundo o presidente, Whitaker terá a responsabilidade de assegurar que os interesses dos Estados Unidos sejam “promovidos e defendidos” dentro da Otan. Além disso, Trump ressaltou que o ex-procurador fortalecerá as relações com os aliados da Otan e será firme em face das ameaças à paz e à estabilidade global.

    Matt Whitaker chega ao novo cargo com um histórico relevante. Ele foi promotor federal no Estado de Iowa e atuou como procurador-geral entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019, período em que as investigações sobre a interferência russa nas eleições norte-americanas estavam em fase de conclusão. Antes de assumir o cargo de procurador, Whitaker foi chefe de gabinete do procurador-geral de Trump, Jeff Sessions.

    Trump tem um histórico de críticas à Otan, sugerindo que os Estados Unidos poderiam reconsiderar seu comprometimento com a aliança se as nações membros não cumprissem a meta de gastar ao menos 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa. Um exemplo disso é a sua afirmação de que não defenderia aliados que não estivessem em dia com suas obrigações financeiras. Durante uma declaração em fevereiro, Trump alertou: “Você não pagou? Está inadimplente? Não, eu não protegeria você. Eu os encorajaria a fazer o que quisessem.”

    As declarações de Trump geraram preocupações entre os aliados da Otan, levando o então secretário-geral Jens Stoltenberg a rebater que qualquer sugestão de que aliados não se defenderão uns aos outros “mina toda a nossa segurança, incluindo a dos EUA”. Essa declaração reflete o tumultuado histórico de Trump na aliança e sua visão de que os membros da Otan devem assumir mais responsabilidade financeira.

    A insistência de Trump em que os países da Otan cumpram as metas de gastos ganhou nova relevância após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, um evento que incentivou muitos países a aumentarem seus investimentos em defesa. Em 2023, a Otan anunciou que 11 de seus membros já haviam atingido o padrão de gastos, e esse número subiu para 18 no início de 2024, comparado a apenas três em 2014.

    A escolha de Whitaker marca uma nova era nas relações dos Estados Unidos com seus aliados da Otan, e ela será observada de perto tanto pelos membros da aliança quanto por analistas de segurança internacional.