No último dia 20 de novembro de 2024, a tragédia ocorreu durante uma abordagem policial em São Paulo, quando o jovem estudante de medicina, Marco Aurélio Cardenas Acosta, foi morto em circunstâncias que geraram reações enérgicas de indignação. Maria Silvia, mãe do estudante, expressou sua revolta com a pergunta: “O que está acontecendo com a polícia brasileira?”.
Marco, de apenas 22 anos, foi alvejado à queima roupa por policiais enquanto estava sem camisa e desarmado. A mãe não conseguiu conter seu desespero ao relatar que “qualquer mãe vai se revoltar ao ver o filho caído, com suas mãos tentando se defender”. A situação levanta questões sérias sobre a atuação da polícia e a possível ocorrência de xenofobia, considerando que a família de Marco é composta por peruanos naturalizados brasileiros.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo relatou que a abordagem ocorreu após Marco supostamente bater no retrovisor de uma viatura policial. O jovem foi perseguido até o saguão de um hotel na Vila Mariana, onde acabou sendo fatalmente atingido por um disparo. As câmeras de segurança do local confirmam que ele estava desarmado e não representava perigo no momento da ação policial.
Após o incidente, os policiais envolvidos foram afastados. Os agentes identificados como Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado agora enfrentam uma investigação conduzida pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A situação é classificada como ‘morte decorrente de intervenção policial e resistência’, o que coloca em destaque o uso excessivo da força por parte das autoridades.
Claudio Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, criticou o comportamento dos policiais, destacando a falta de adesão aos protocolos que devem priorizar a preservação da vida. Esse incidente ressalta a necessidade de uma avaliação mais profunda das práticas policiais e a urgência de reformas no sistema de segurança pública.
O caso de Marco Aurélio levanta um debate essencial sobre a violência policial, a aplicação da força e a perseverança em garantir a segurança de todos os cidadãos. A população clama por justiça e por respostas que possam evitar que tragédias como esta se repitam no futuro.