Na última sexta-feira, 29 de novembro de 2024, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, se reuniu com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em um encontro não anunciado anteriormente, realizado em Mar-a-Lago, na Flórida. Este encontro ocorreu em meio a tensões comerciais, com Trump sugerindo tarifas de 25% sobre produtos canadenses, o que gerou preocupações em Ottawa.
Trump, que tomará posse no próximo 20 de janeiro, manifestou em sua rede social, Truth Social, que como uma de suas primeiras Ordens Executivas, assinará documentos para imposição de tarifas sobre importações do Canadá e do México. Ele justificou essa ação como necessária para combater o que chamou de uma invasão de “drogas” e “imigrantes ilegais”.
O encontro, com duração aproximada de três horas, abordou não apenas as tarifas, mas também uma variedade de tópicos, incluindo comércio, segurança de fronteira, o abuso de fentanil, a guerra na Ucrânia, e questões envolvendo a OTAN e a China. Trudeau, na véspera da reunião, afirmou sua intenção de buscar soluções para as tarifas por meio do diálogo: “Vamos trabalhar juntos para atender a algumas das preocupações”.
Participaram também da reunião importantes figuras do círculo próximo de Trump, incluindo Howard Lutnick, indicado para o cargo de secretário de Comércio, e Doug Burgum, governador de Dakota do Norte. Do lado canadense, o ministro de Segurança Pública, Dominic LeBlanc, e a chefe de gabinete de Trudeau, Katie Telford, estavam presentes.
Durante a conversa, ambos os líderes reconheceram a importância de um relacionamento forte entre os EUA e o Canadá, essencial não apenas para a economia dos dois países, mas também para a segurança regional. A expectativa é que futuras discussões continuem de forma construtiva, levando em consideração as complexidades das relações bilaterais e as preocupações emergentes em um ambiente global cada vez mais desafiador.