Tag: Irmãos Brazão

  • Washington Quaquá Defende Irmãos Brazão e Enfrenta Críticas de Anielle e Janja

    Washington Quaquá Defende Irmãos Brazão e Enfrenta Críticas de Anielle e Janja

    No último dia 9 de janeiro de 2025, o prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, gerou controvérsia ao defender publicamente os irmãos Brazão, que estão detidos sob a acusação de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Quaquá compartilhou uma imagem ao lado da família de Domingos Brazão e declarou que não há provas que sustentem as acusações feitas contra ele e seu irmão, Chiquinho Brazão.

    A reação foi imediata. Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, manifestou seu descontentamento, pedindo para que Quaquá “tirasse o nome de sua irmã da boca”. Ela anunciou que tomaria medidas na Comissão de Ética do PT, devido à postura que considera desrespeitosa e contrária aos princípios do partido.

    A primeira-dama, Janja Lula da Silva, também se pronunciou, embora sem citar o nome de Quaquá diretamente. Em suas declarações, Janja ressaltou que é “desrespeitoso” utilizar a memória de Marielle para promover desinformação sobre o caso que envolve seus acusadores. Em vários momentos, tanto Anielle quanto Janja enfatizaram a importância de buscar justiça e a necessidade de respeitar a dor das famílias que ainda lutam pela verdade.

    Em sua defesa, Washington Quaquá disse que seu caráter o impede de permanecer em silêncio e que os Brazão foram usados como “bucha de canhão” na investigação. Ele fez questão de destacar que leu todo o processo e que não encontrou qualquer evidência que incriminasse os irmãos. A declaração de Quaquá reitera sua conexão pessoal e profissional com os acusados, motivo pelo qual ele se sente compelido a se manifestar.

    Gleisi Hoffmann, presidente do PT, declarou que as opiniões expressas por Quaquá eram de caráter pessoal e não refletiam a posição oficial do partido. Ela lembrou que as investigações da Polícia Federal foram rigorosas e que os irmãos Brazão estão aguardando julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

    O caso Marielle Franco, assassinado em 2018, ainda é um marco na luta pela justiça no Brasil e continua gerando reações intensas na sociedade e entre os políticos. A batalha por respostas e por justiça permanece viva, e cada declaração pública tem o potencial de reacender antigas feridas.

  • Caso Marielle: STF Mantém Prisão dos Irmãos Brazão e Avança nas Investigações

    Caso Marielle: STF Mantém Prisão dos Irmãos Brazão e Avança nas Investigações

    No último sábado (21 de dezembro de 2024), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter a prisão preventiva dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (23 de dezembro).

    Os irmãos Brazão, integrantes de uma tradicional família política da zona oeste do Rio de Janeiro, estão presos desde março de 2024 em presídios federais. Desde o início das investigações, eles negam qualquer participação no crime, alegando sua inocência diante das acusações graves que pesam sobre eles.

    Conforme a investigação da Polícia Federal (PF), o assassinato de Marielle Franco está ligado ao seu posicionamento contra os interesses políticos e econômicos do grupo liderado pelos irmãos Brazão, que são associados a questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio. A PF destacou que a vereadora se opôs às práticas ilegais do grupo, o que pode ter motivado o crime.

    Em um desdobramento impactante, a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato, aponta que os irmãos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, atuaram como mandantes do crime. Barbosa, segundo a delação, também participou dos preparativos para a execução, envolvendo uma rede de conivência entre autoridades.

    Recentemente, tanto Ronnie Lessa quanto o ex-policial Élcio de Queiroz, que conduziu o veículo no dia do crime, foram condenados pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Lessa recebeu uma pena de 78 anos, enquanto Queiroz foi sentenciado a 59 anos de prisão. A questão permanece delicada e continua gerando repercussões no cenário político e judiciário.

    Além disso, o delegado Giniton Lages, que iniciou as investigações, também foi alvo de medidas severas por parte de Moraes. Ele foi afastado do cargo e teve seus proventos reduzidos por suspeitas de interferência nas investigações. Em uma decisão unânime, a 1ª Turma do STF rejeitou o pedido do delegado para reaver o salário integral.

    As investigações sobre o caso de Marielle Franco, que chocou o Brasil e o mundo, continuam em andamento, demandando atenção constante das autoridades e da sociedade civil. O caso não é apenas um reflexo da crise de segurança no Brasil, mas também das complexas relações de poder que permanecem nas sombras do sistema político.