Analistas do UBS emitiram um alerta importante sobre o mercado de ações, indicando uma probabilidade de 35% do surgimento de uma bolha no setor. Este fenômeno pode ocorrer especialmente se as condições atuais persistirem, destacando a valorização excessiva em setores como o de tecnologia.
Em uma nota publicada, o UBS destacou que historicamente, o índice P/L (preço/lucro) das áreas associadas a bolhas atinge pelo menos 45 vezes quando os rendimentos dos títulos públicos sobem para 5,5%. No momento, o índice P/L das chamadas “6 Magníficas” empresas de tecnologia está em 34 vezes, o que sugere que a situação está se aproximando de um nível crítico.
Além disso, o UBS analisou a posição excepcionalmente sólida dos balanços corporativos, especialmente no setor de tecnologia, em comparação às finanças governamentais. Isso poderia sustentar avaliações elevadas, mesmo diante da alta constante nos rendimentos. Entretanto, essa análise também traz um alerta para os investidores sobre a necessidade de cautela, especialmente em relação aos setores cíclicos não financeiros.
Os analistas enfatizam que os setores cíclicos estão precificando PMIs muito elevados e que estão próximos de recordes em índices P/L e P/S em comparação aos setores defensivos. Por isso, o UBS sugere que os investidores adotem uma abordagem mais conservadora e reconsiderem suas posições, priorizando ações defensivas com baixa alavancagem financeira. Empresas como Microsoft, Abbott, SAP, Tesco e BAE Systems são destacadas como boas opções nesses tempos incertos.
Investidores preocupados com o ambiente acionário devem se atentar às ações de instituições financeiras como uma forma de proteção contra possíveis políticas populistas. De acordo com as análises, bancos europeus e seguradoras de vida podem se beneficiar caso as expectativas de inflação aumentem. É essencial que os investidores permaneçam vigilantes e analisem o desempenho regional em cenários de alta dos rendimentos.