O presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Flávio Roscoe, enfatizou a importância de um acordo bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos. Segundo ele, essa medida pode atuar como uma estratégia eficaz para mitigar os riscos associados a uma potencial guerra comercial entre os EUA e a China. Em uma nota divulgada nesta segunda-feira (20 de janeiro de 2025), Roscoe destacou que os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás apenas da China.
O presidente da Fiemg argumenta que um acordo desse tipo traria vantagens competitivas para o país, ao fortalecer as relações comerciais e incentivar o comércio exterior com os norte-americanos. “Os Estados Unidos ainda são o maior detentor de investimentos no Brasil e no mundo. A correlação entre as empresas facilita muito a plataforma de exportações”, afirmou Flávio Roscoe.
Roscoe sugeriu que, caso a guerra comercial entre os EUA e a China se consolide, um acordo que reduzisse alíquotas forneceria vantagens competitivas aos produtos brasileiros, o que seria extremamente positivo para a economia nacional. Ele destaca que essa é uma oportunidade que o governo brasileiro deve estar atento e perseguir, dada a grandiosidade do cenário atual.
Adicionalmente, o impacto de um acordo bilateral poderia beneficiar várias cadeias produtivas no Brasil que atualmente abastecem empresas norte-americanas. “Para nós, é uma oportunidade. Quando essa rivalidade ocorre entre os dois maiores exportadores do mundo, surge um espaço para a indústria brasileira”, concluiu Roscoe enfatizando o cenário positivo que poderia ocorrer para as exportações brasileiras.
A busca por um acordo comercial nos próximos meses promete aquecer ainda mais as discussões entre os setores industriais e o governo, visando não apenas a proteção do mercado interno, mas também a ampliação da presença do Brasil em mercados externamente competitivos.