A recente decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado trouxe uma reviravolta importante na proposta de reforma tributária do Brasil. A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve sucesso ao derrubar a implementação do IS (Imposto Seletivo), o chamado “imposto do pecado”, que incidiria sobre armas e munições. Essa medida foi aprovada durante a votação do PLP 68 de 2024, na quarta-feira, 11 de dezembro de 2024.
Além da emenda que excluiu as armas, o Partido Social Democrático (PSD) também fez valer sua posição ao remover a incidência do imposto sobre bebidas açucaradas. O líder interino do partido, Omar Aziz (PSD-AM), justificou que esses produtos, como refrigerantes e caldo de cana, fazem parte da cesta de consumo dos mais pobres. Esse posicionamento ganhou apoio do próprio relator do projeto, Eduardo Braga (MDB-AM), que, inicialmente, havia proposto a inclusão do item.
A pressão exercida pelo setor de bebidas, que inclui grandes nomes como Coca-Cola e Ambev, que possuem fábricas na Zona Franca de Manaus, foi determinante para a retirada da cobrança. Com essa mudança, fica claro que as questões econômicas e sociais continuarão a influenciar profundamente as decisões legislativas no país.
O cenário se define ainda mais com a confirmação de que o IS incidirá sobre uma gama de produtos, como:
- Veículos;
- Embarcações e aeronaves;
- Produtos fumígenos;
- Bebidas alcoólicas;
- Bens minerais, incluindo carvão mineral;
- Concursos de prognósticos e fantasy sport.
Entender os principais pontos aprovados nesta reforma tributária é essencial para acompanhar como essas medidas impactarão a economia nacional e o cotidiano dos brasileiros. À medida que o cenário político se desenrola, torna-se crucial para a população se manter informada sobre as propostas e decisões que afetam diretamente suas vidas.