O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou o ano de 2024 com uma queda acumulada de 10,36%, refletindo um cenário preocupante para os investidores. Esta é uma das maiores perdas registradas desde 2021, quando o índice caiu 11,93%.
No último dia de negociações de 2024, especificamente em 30 de dezembro, o Ibovespa apresentou uma leve alta de 0,01%, alcançando 120.283 pontos. Contudo, no início do ano, o índice estava próximo de 133 mil pontos, evidenciando uma trajetória de desvalorização significativa ao longo do ano.
Essa queda acentuada preocupa muitos analistas, que atribuem a situação a diversos fatores, incluindo a instabilidade do cenário fiscal brasileiro. A saída de capital estrangeiro foi alarmante, computando cerca de R$ 32 bilhões retirados do mercado acionário.
Além do desempenho do Ibovespa, o real também enfrentou um ano desastroso, acumulando uma desvalorização de 27,35% em relação ao dólar. Essa marca é a mais alta desde a pandemia, quando a moeda brasileira havia perdido 29,3% de seu valor. Dentre 31 moedas monitoradas pela Bloomberg, o real apresentou o pior desempenho.
No último pregão do ano, o dólar se desvalorizou em 0,22% e fechou a sessão cotado a R$ 6,17. Essa flutuação ocorreu após um leilão do Banco Central, que injetou mais de US$ 1,85 bilhões no mercado, com o intuito de mitigar a desvalorização acentuada da moeda nacional.
Com as negociações suspensas nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, o mercado reabrirá apenas no dia 2 de janeiro, momento em que muitos analistas esperam uma maior volatilidade devido aos últimos acontecimentos econômicos. A busca por soluções que estabilizem o mercado deve ser uma prioridade urgente.
Os próximos meses serão cruciais para que investidores e economistas façam uma avaliação cuidadosa das políticas econômicas impostas e suas repercussões sobre o mercado financeiro. Diante deste quadro, a expectativa é que as medidas adotadas pelo governo federal possam trazer um alívio, mas a incerteza persiste.
Em resumo, 2024 foi um ano desafiador para o Ibovespa e o real, marcando um período de instabilidades que exigem atenção e análise contínua por parte dos investidores. A recuperação e a confiança no mercado serão testes rigorosos para o novo ano.