O senador Hamilton Mourão, do Republicanos-RS, tece críticas contundentes sobre a suposta tentativa de golpe de Estado que teria surgido após as eleições presidenciais de 2022. Para Mourão, o plano é “sem pé nem cabeça” e, segundo ele, não configura crime tão somente escrever bobagem. Esses esclarecimentos foram feitos em seu podcast “Bom Dia, Mourão”.
O ex-vice-presidente da República falou sobre a recente decisão da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas. Mourão destacou que muitos dos indiciados são militares, afirmando que é absurdo pensar que um pequeno grupo de oficiais poderia preparar um plano tão complexo sem o apoio das Forças Armadas.
Durante sua análise, ele expressou incredulidade em relação à narrativa que tenta ligar figuras proeminentes da política a um golpe: “É uma fanfarronada para envolver o presidente Bolsonaro, o general Braga Netto, o general Heleno, um homem que não tomaria atitudes de tal natureza”, afirmou. Ele ainda se questionou se realmente é crime “escrever bobagem”, enfatizando que ações concretas são o que devem ser analisadas.
Mourão, que foi vice-presidente entre 2019 e 2022, afirmou: “A tentativa de golpe precisa do suporte significativo das Forças Armadas, que seria crucial para implementar qualquer mudança constitucional”. Para ele, o plano que envolve assassinatos é aparentemente ridículo, pois, segundo ele, não houve movimentação militar nem estratégia real para execução de um golpe de Estado.
O senador finalizou comentando sobre os indiciados: “Das 37 pessoas envolvidas, 25 são militares, incluindo oficiais de alta patente, mas ainda assim não há evidências de um movimento coeso ou planejado com eficácia”. O discurso esclarecedor de Mourão busca desmistificar o que ele considera uma narrativa criada para manipular a opinião pública sobre a segurança nacional e a política brasileira.
Com isso, Hamilton Mourão se posiciona como uma voz crítica frente à gestão atual e destaca a importância de discutir a legitimidade das ações em prol da democracia brasileira.