A Meta, conglomerado digital que inclui as plataformas Facebook e Instagram, capturou impressionantes 92% do total de gastos do Congresso Nacional com redes sociais em 2024. Este dado revela como as plataformas de Mark Zuckerberg se tornaram essenciais para a comunicação política no Brasil.
No total, R$ 1,9 milhão foram destinados à Meta através da cota parlamentar, uma verba pública que deputados e senadores usam para promover suas atividades e mandatos. Esse montante é significativamente superior ao que foi destinado a outras gigantes da tecnologia, como Google e X (ex-Twitter), que receberam apenas 7% e 0,07%, respectivamente.
Os dados demonstram que o impulso às publicações dos parlamentares nas redes sociais se tornou uma prática comum e necessária no atual cenário político. Apesar de não ter havido alocação de recursos significativos para plataformas como TikTok e Kwai, a Meta mantém sua posição dominante como a principal ferramenta de divulgação online utilizada pela classe política.
Um aspecto a ser observado é a recente decisão da empresa de abolir o sistema de fact-checking, implementado inicialmente após as eleições de 2016. Agora, a moderação de conteúdo será feita de uma forma mais delegada, onde os usuários poderão contribuir com observações e direcionamentos, o que levantou preocupações sobre a veracidade das informações disseminadas.
À medida que nos aproximamos das próximas eleições, é crucial considerar como essa dinâmica entre verba pública e redes sociais pode influenciar o comportamento dos eleitores e a natureza da informação que circula nas plataformas. Por fim, a Meta também se destacou nas eleições municipais de 2024, recebendo cerca de R$ 195 milhões em impulsionamento, consolidando-se como a principal escolha dos candidatos.