Tag: energia limpa

  • Lula Sanciona Programa de Transição Energética: O Que Esperar do Paten

    Lula Sanciona Programa de Transição Energética: O Que Esperar do Paten

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionará nesta quarta-feira, 22 de janeiro de 2025, o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). Este programa visa criar mecanismos de financiamento destinados à produção de energia limpa e renovável, buscando uma redução gradual na dependência de combustíveis fósseis. A cerimônia ocorrerá no Palácio do Planalto, às 16h, mas não contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que participará do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.

    O programa Paten é parte da chamada “pauta verde” e foi declarado como uma das prioridades do Congresso para o ano. Com a implementação do fundo de garantias conhecido como Fundo Verde, o objetivo é viabilizar o financiamento de projetos sustentáveis, alocando recursos para iniciativas que promovam a transição energética e a sustentabilidade ambiental. O fundo será administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), garantindo que os recursos sejam utilizados exclusivamente em projetos vinculados ao programa.

    Dentre os principais incentivos do Paten, destacam-se o financiamento para infraestrutura voltada à produção de combustíveis renováveis, como o BioQAV (bioquerosene de aviação), etanol, biometano e hidrogênio de baixo carbono. Além disso, propostas de expansão nas áreas de energia solar, nuclear, eólica, biogás e gás natural também serão contempladas.

    As empresas que se habilitarem para o Paten poderão acessar recursos do FNMC (Fundo Nacional sobre Mudança do Clima), facilitando a renegociação de dívidas com a União, desde que os investimentos sejam empregados em projetos voltados para o desenvolvimento sustentável. Essa movimentação não só alimenta a economia verde, como também promove um futuro mais sustentável para o Brasil.

    Esse programa representa uma mudança significativa na estratégia energética do Brasil, alinhando-se com as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. A transição para fontes de energia renováveis é crucial não apenas para o combate às mudanças climáticas, mas também para a criação de novos postos de trabalho em setores inovadores. Ao focar na sustentabilidade, o Paten poderá estimular o crescimento econômico e reduzir a vulnerabilidade do país às oscilações dos preços internacionais de combustíveis fósseis.

    • Investimento em tecnologia limpa, aumentando a eficiência e a acessibilidade das energias renováveis.
    • Fomento à pesquisa e desenvolvimento nas áreas de energia e sustentabilidade.
    • Parcerias entre o governo e a iniciativa privada para impulsionar o setor energético.

    O sucesso do Paten dependerá de um comprometimento conjunto entre os setores público e privado, assim como da capacidade de atração de investimentos sustentáveis. O Brasil, situado em uma posição geográfica privilegiada, tem um grande potencial para se tornar um líder mundial na produção e exportação de energia renovável. O futuro é promissor, e a implementação do Paten será o primeiro passo em direção a um Brasil mais sustentável e capacitado para enfrentar os desafios energéticos do futuro.

  • Biden Em Manaus: Energias Limpas e Compromisso com a Amazônia

    Biden Em Manaus: Energias Limpas e Compromisso com a Amazônia

    No último domingo, 17 de novembro de 2024, durante uma visita histórica a Manaus, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou seu compromisso com a revolução da energia limpa e a proteção ambiental. Em um discurso no Museu da Amazônia, Biden ressaltou que “ninguém” poderá reverter as conquistas alcançadas nesse setor, enviando uma mensagem clara ao seu adversário político, o presidente eleito Donald Trump.

    A visita de Biden é a primeira de um presidente dos EUA à Amazônia, simbolizando um importante esforço diplomático e ambiental, especialmente considerando a sua participação no G20 no Rio de Janeiro. Durante sua agenda, o democrata se encontrou com lideranças indígenas e cientistas, um passo significativo para promover colaborações em preservação ambiental e sustentabilidade.

    Em sua fala, Biden destacou que a luta contra as mudanças climáticas é central para seu governo e que “não é preciso escolher entre o meio ambiente e a economia”. Ele afirmou: “Podemos fazer as duas coisas”. Essa declaração é especialmente relevante em um momento em que Trump planeja reverter algumas políticas de proteção ambiental implementadas durante o mandato de Biden.

    No contexto de suas promessas, Biden também anunciou uma contribuição de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, reafirmando o compromisso dos EUA com a proteção da floresta. Além disso, assinou uma proclamação que designa o dia 17 de novembro como o Dia Internacional da Conservação, um marco importante para reforçar a importância do financiamento climático internacional, que deve totalizar US$ 11 bilhões em 2024.

    Trump, por sua vez, apresentou propostas que incluem a desregulamentação da Agência de Proteção Ambiental, sugerindo um regresso a uma produção ilimitada de combustíveis fósseis, em contrariedade às iniciativas sustentáveis defendidas por Biden. Essa diferença de visão é crucial para o futuro ambiental não apenas dos EUA, mas também para o impacto global que as políticas americanas podem ter sobre questões climáticas.

    Portanto, a presença de Biden na Amazônia não apenas fortalece as relações entre Brasil e EUA, mas também destaca a urgência e a relevância em lutar por um planeta mais sustentável. É um convite a todos os países a se unirem no esforço de preservar o nosso meio ambiente enquanto exploramos novas oportunidades econômicas associadas a energias limpas.

  • Brasil detém uma riqueza subexplorada: reserva de urânio equiparada à Petrobras, diz Ministro Silveira

    Brasil detém uma riqueza subexplorada: reserva de urânio equiparada à Petrobras, diz Ministro Silveira

    O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a necessidade de modernizar a cadeia nuclear brasileira, revelando a subutilização da 7ª maior reserva de urânio do mundo. Em evento recente, apontou a ineficiência na exploração devido às limitações legais que restringem a participação do setor privado. A Constituição dita o controle estatal sobre a pesquisa e comércio de minérios nucleares, direcionando a INB e a Eletronuclear como pilares do setor. O encerramento de obras em Angra 3 foi ressaltado como essencial, com ênfase na expansão para além de Angra dos Reis, considerando os benefícios dos pequenos reatores nucleares. No Nordeste, a exploração de urânio avança, mas a burocracia ambiental e a morosidade dos processos limitam o desenvolvimento. Depósitos em outros estados também apresentam potencial para a indústria nuclear brasileira.

  • Brasil possui grande potencial em reservas de urânio, mas enfrenta desafios na cadeia nuclear

    Brasil possui grande potencial em reservas de urânio, mas enfrenta desafios na cadeia nuclear

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a necessidade de modernizar a cadeia nuclear brasileira. Ele ressaltou que, apesar de ser a 7ª maior reserva de urânio do mundo, o país conhece apenas 26% do seu subsolo.

    Na avaliação de Silveira, a legislação atual dificulta a participação do setor privado na exploração, o que limita a eficiência do setor. A Constituição estabelece que o Estado é o controlador, mas é preciso encontrar maneiras de avançar nessa área. Atualmente, a INB e a Eletronuclear são responsáveis pela atividade de extração e produção de energia nuclear.

    Silveira também reconheceu a necessidade de concluir as obras em Angra 3, classificando a instalação como um ‘mausoléu’. Ele ressaltou a importância de considerar os pequenos reatores nucleares e destacou a relevância da energia nuclear para suprir as demandas de energia limpa e renovável, especialmente para os datacenters de IA.

    No Nordeste, em Caetité, Bahia, é a única mina de urânio em operação no Brasil. Além disso, o projeto de Santa Quitéria, Ceará, visa expandir a exploração, mas enfrenta desafios com o licenciamento ambiental.

    Apesar dos depósitos em outros estados, o país precisa superar entraves para se beneficiar plenamente do seu potencial em urânio.