O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou 2024 com uma impressionante queda de 29,92% ao considerar a variação da Bolsa em dólares. Este resultado marca o pior desempenho desde 2015, quando a queda foi ainda mais acentuada, alcançando 41,0%.
O cenário atual revela uma situação ainda mais desafiadora do que a queda de 20,2% registrada no ano de 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19. Este retrocesso financeiro levanta preocupações sobre a saúde do mercado e a confiança dos investidores. A situação é ainda mais alarmante quando se considera que diversas empresas como a companhia aérea Azul e o varejista Magalu enfrentaram desvalorizações significativas, com quedas de 82,7% e 77,7%, respectivamente.
A cotação do dólar comercial também sinalizou um ano complicado, fechando a R$ 6,18, refletindo uma alta de 27,3% ao longo de 2024. Este foi o primeiro ano em que a moeda norte-americana superou a marca de R$ 6,00, um marco que foi atingido pela primeira vez em 29 de novembro de 2024. O dólar atingiu seu pico histórico em R$ 6,27 no dia 18 de dezembro, evidenciando as volatilidades do mercado cambial.
Adicionalmente, o real se destacou como a moeda que mais se desvalorizou entre os países do G20, sendo a 6ª entre 118 divisas analisadas. Apesar de ter se valorizado em relação ao dólar em anos anteriores, a desvalorização de 21,8% do real em 2024 acende alertas sobre a desestabilização econômica do Brasil e as implicações de possíveis crises políticas e econômicas no futuro.
O desempenho negativo da Bolsa e da moeda nacional levanta questões cruciais sobre o rumo das políticas econômicas e sua capacidade de recuperar a confiança dos investidores. Olhando para os próximos anos, os especialistas recomendam cautela e uma reavaliação das estratégias financeiras de curto e longo prazo para evitar que a situação piore ainda mais.
Principais Destaques de 2024:
- Queda de 29,92% do Ibovespa em dólares.
- Pior desempenho desde 2015, quando a queda foi de 41%.
- Alta do dólar atinge R$ 6,18, com aumento de 27,3%.
- Real se desvaloriza 21,8% em comparação ao dólar.
- Empresas destacadas: Azul (-82,7%) e Magalu (-77,7%).