Nesta quinta-feira (9 de janeiro de 2025), um grupo de aproximadamente 30 venezuelanos se reuniu na rodoviária do Plano Piloto em Brasília para protestar contra o governo de Nicolás Maduro, no dia anterior à posse do presidente reeleito. Os manifestantes celebraram a liberação de Maria Corina Machado, uma importante líder da oposição, que havia sido detida durante um ato na Venezuela.
Os protestos ocorreram em várias cidades do Brasil e do mundo, demonstrando a resistência da oposição venezuelana. Durante a manifestação, os participantes cantaram o hino nacional da Venezuela e exigiram a liberdade de presos políticos. Cleia Silva Pedreira, uma venezuelana que vive no Brasil há sete anos, expressou a esperança de que a situação em seu país de origem possa mudar. Ela deixou a cidade de Margaritas devido à grave crise econômica que afeta a Venezuela.
Cleia denunciou a falta de apoio da embaixada venezuelana no Brasil e destacou que, dos 1.059 venezuelanos aptos a votar, apenas 38 participaram das últimas eleições presidenciais. “Quando cheguei ao Brasil, havia muita escassez e falta de remédios. Tenho fé de que as coisas vão mudar”, disse ela. Além disso, manifestantes no Brasil pediram que o governo brasileiro reconheça Edmundo González como presidente legítimo da Venezuela.
Os atos contra o regime de Maduro também ocorreram em Caracas, Mérida e Chacao, onde os cidadãos levantaram bandeiras venezuelanas gritando palavras de ordem como “liberdade” e “fora ditador”. Estes eventos sublinham a crescente insatisfação com o governo chavista e o desejo de democracia por parte da população venezuelana.
A equipe de Maria Corina alegou que ela foi sequestrada por agentes do governo durante o protesto, uma acusação que o ministro da Comunicação da Venezuela, Freddy Ñáñez, negou, chamando a oposição de “fascistas”. À medida que a tensão política aumenta, e com a posse de Maduro marcada para a sexta-feira (10 de janeiro), a vigilância internacional e o apoio à oposição venezuelana se tornam cada vez mais importantes.
A oposição, agora unida em torno da figura de Maria Corina e de Edmundo González, continua a mobilizar a sociedade civil na luta contra a repressão e a busca por uma Venezuela livre. No Brasil, a manifestação em Brasília foi apenas uma das várias expressões de apoio solidarity à luta dos venezuelanos por mudança e liberdade.
Os acontecimentos recentes em Brasília são um lembrete do impacto que a crise na Venezuela tem sobre seus cidadãos no exterior e da solidariedade que eles buscam de outras nações.