Tag: dívidas

  • 123 Milhas Lança Plano de Recuperação Judicial para Reestruturar R$ 2,4 Bilhões em Dívidas

    123 Milhas Lança Plano de Recuperação Judicial para Reestruturar R$ 2,4 Bilhões em Dívidas

    Na última quinta-feira (26 de dezembro), o grupo 123 Milhas, que abrange empresas como HotMilhas, Novum, Maxmilhas e LH Lance Hotéis, apresentou um plano de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte (MG). Esta iniciativa busca reestruturar suas finanças e garantir a continuidade das operações do grupo, que atualmente enfrenta um montante de dívidas que ultrapassa R$ 2,4 bilhões.

    O plano envolve cerca de 800 mil credores, que foram divididos em duas categorias: trabalhistas, que incluem ex-colaboradores, e quirografários, que abrangem consumidores com cupons, passagens pendentes de emissão e milhas acumuladas. Para os ex-colaboradores, o pagamento será feito em 12 parcelas mensais corrigidas pelo IPCA, a partir da homologação do plano.

    Os credores quirografários têm três opções de pagamento:

    • Opção A – Pagamento integral com possibilidade de cashback: Receberão 100% do valor em 12 parcelas semestrais, começando em 6 anos e meio depois da homologação. O cashback será creditado na conta do credor conforme novas compras e serviços.
    • Opção B – Desconto de 40%: Pagamento em 12 parcelas semestrais, iniciando 1 ano e meio após a homologação, limitado a R$ 80 milhões. Excedendo esse limite, o pagamento será rateado proporcionalmente.
    • Opção C – Pagamento máximo até R$ 450,00: Destinada a credores com valores menores a receber, começando em 2 anos e meio após a homologação, em 10 parcelas semestrais, com limite de R$ 120 milhões.

    Esse plano é um passo significante para o 123 Milhas e representa uma tentativa de recuperar a confiança entre os credores e clientes. A adesão ao plano é um aspecto crucial para a resiliência do grupo e para que novas operações possam ser realizadas dentro de um cenário financeiro sustentável.

    A proposta de recuperação judicial é vista com cautela por muitos, mas, com estratégias de pagamento diversas, o grupo 123 busca atender às necessidades de cada credor, especialmente em um tempo tão desafiador para o setor de turismo e serviços. O sucesso deste plano pode ser determinante para a sobrevivência e crescimento do grupo no futuro próximo.

  • Brasil Investirá R$ 1,9 Bilhão em Organismos Internacionais em 2024

    Brasil Investirá R$ 1,9 Bilhão em Organismos Internacionais em 2024

    O governo brasileiro anunciou que pagará R$ 1,9 bilhão em 2024 para quitar suas dívidas com organismos internacionais. Este investimento garante a presença do Brasil em fóruns que tratam de questões sociais, econômicas e ambientais em nível global. Segundo os ministérios do Planejamento e Orçamento e das Relações Exteriores, o país está em dia com suas obrigações financeiras.

    Entre os principais pagamentos feitos, estão as contribuições à ONU (Organização das Nações Unidas) e suas agências, incluindo a FAO, Unesco, OMS e OIT. Essa ação não apenas reforça a posição do Brasil no cenário internacional, mas também abre portas para cooperar em projetos que visam o desenvolvimento sustentável.

    Além das contribuições à ONU, o Brasil também quitou dívidas relacionadas a acordos ambientais, incluindo:

    • Protocolo de Quioto
    • Protocolo de Montreal
    • Convenções de Estocolmo e Basileia

    Essas iniciativas são essenciais para a participação brasileira em convenções sobre mudanças climáticas e preservação ambiental, mostrando o compromisso do país com temas globais tão relevantes.

    Outros pagamentos importantes foram realizados para instituições regionais, como o Mercosul, e para organizações como a OEA (Organização dos Estados Americanos) e a OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica). A quitação dessas dívidas demonstra a disposição do Brasil em colaborar ativamente com seus vizinhos e com o fortalecimento da integração regional.

    Além disso, foram feitas contribuições à OMC (Organização Mundial do Comércio), ao TPI (Tribunal Penal Internacional) e ao TIDM (Tribunal Internacional do Direito do Mar), fatores que favorecem a diplomacia e a justiça internacional. Segundo o governo, “com a quitação de suas obrigações financeiras, o Brasil assegura sua participação plena e ativa nos principais fóruns globais e regionais, em favor da paz, da segurança, dos direitos humanos e do desenvolvimento econômico sustentável”.

  • Gol Airline: Acordo com União e Plano de Recuperação que Pode Transformar o Setor Aéreo

    Gol Airline: Acordo com União e Plano de Recuperação que Pode Transformar o Setor Aéreo

    A Gol Linhas Aéreas alcançou um acordo significativo com a União, representando uma redução de 30% no seu endividamento, um marco importante para a reestruturação financeira da companhia. O anúncio foi feito na segunda-feira, 9 de dezembro de 2024, após a apresentação do plano de recuperação judicial no tribunal de Nova York, um processo conhecido como chapter 11, que permite a reestruturação das dívidas enquanto a empresa continua suas operações.

    Este plano inclui a conversão ou extinção de até US$ 1,7 bilhão (R$ 10,2 bilhões) em dívidas, refletindo um esforço coletivo para aliviar a carga financeira da companhia. Além disso, mais US$ 850 milhões (R$ 5 bilhões) em dívidas adicionais estão em negociação. A redução total pode chegar a US$ 2,55 bilhões (R$ 15 bilhões), sendo que a União se compromete a perdoar US$ 750 milhões (R$ 4,5 bilhões), o que equivale a aproximadamente 75% da dívida que a Gol possui com a Receita Federal e outras entidades governamentais.

    A primeira audiência para discutir esse plano de recuperação está marcada para o dia 15 de janeiro de 2025 em Nova York. Se aprovado, o plano pode inspirar mudanças significativas no setor aéreo, onde outras empresas, como a Azul, também estão sendo consideradas para potenciais fusões ou parceiras estratégicas. A Gol já indicou que uma fusão pode ser uma das várias opções para fortalecer sua posição no mercado.

    No seu planejamento futuro, a Gol busca levantar US$ 1,85 bilhão (R$ 11,2 bilhões) para garantir liquidez e viabilizar novas emissões de ações. Tais medidas são vistas como estratégias essenciais para a recuperação da empresa e podem incluir a conversão de dívidas em ações da holding Abra, em caso de fusão.

    • O que é: O chapter 11 é parte da Lei de Falências dos Estados Unidos que permite que empresas se reestruturem financeiramente. Esse mecanismo garante que elas possam continuar operando enquanto renegociam suas dívidas.
    • Benefícios: Durante o processo, a empresa opera sob supervisão judicial, o que proporciona um ambiente controlado para reestruturação, evitando colapsos e demissões em massa.
    • Exemplos de sucesso: Muitas companhias aéreas internacionalmente reconhecidas, como a United Airlines e a Delta, utilizaram esse mecanismo para recuperarem sua saúde financeira.
  • Risco de Despejo: Mais de 200 Imóveis dos Correios em Crise Financeira

    Risco de Despejo: Mais de 200 Imóveis dos Correios em Crise Financeira

    Com um rombo superior a R$ 2 bilhões em seus cofres até setembro deste ano, os Correios enfrentam uma grave crise financeira que pode resultar no despejo de mais de 200 imóveis alugados pela estatal. A situação se agrava à medida que 122 desses imóveis já estão sob ação judicial devido ao não pagamento de aluguéis, com um prazo de 30 dias após publicação de documento, ou seja, a partir de 30 de novembro de 2024.

    A crise dos Correios é uma consequência de dívidas acumuladas que incluem R$ 9,5 milhões em pagamentos de condomínio e IPTU atrasados. Além disso, a empresa enfrenta outros 127 contratos com vencimento até o final do ano, tornando a situação ainda mais crítica. Para conter os danos e tentar renegociar esses contratos, a estatal decretou um teto de gastos para o ano de R$ 21,96 bilhões, o que mostra sua tentativa de evitar uma insolvência.

    As medidas de contenção de despesas incluem a suspensão de contratações de pessoal terceirizado, cortes nos preços dos contratos e a restrição às renovações contratuais, que só poderão ocorrer com economias geradas em outras negociações. A empresa busca, fundamentalmente, evitar o risco de quebra que levaria a uma possível intervenção do Tesouro Nacional.

    Ademais, o cenário atual é ainda mais complicado pela herança contábil deixada pela gestão anterior, que ocupou o governo de 2019 a 2022. A nova administração atribui as dificuldades financeiras a uma combinação de baixa receita, resultado de quedas nas importações e uma taxa de blusas, desencadeando uma diminuição significativa nas encomendas. Esse cenário representa um desafio duplo, pois ao mesmo tempo em que a empresa deve lidar com suas dívidas, está também se preparando para abrir um concurso público para contratação de 3.511 funcionários em 2024, demonstrando uma tentativa de revitalizar a operação.

    Cada um dos 206 imóveis em risco inclui agências dos Correios, centros de distribuição domiciliar e centros de tratamento de cartas e encomendas. As ações de despejo iminentes colocam em risco um serviço vital para a população, e ações judiciais como essas podem comprometer a capacidade dos Correios em operar e atender à sua missão de entrega de correspondências e encomendas. Os efeitos da crise financeira dos Correios ainda são incertos, mas a pressão para a execução de um plano de recuperação se torna cada vez mais urgente à medida que a situação evolui.

  • Corinthians Conquista Liminar e Suspende Bloqueios Judiciais por 60 Dias

    Corinthians Conquista Liminar e Suspende Bloqueios Judiciais por 60 Dias

    No dia 2 de dezembro de 2024, o Corinthians obteve uma decisão judicial favorável da Justiça Estadual de São Paulo, que suspende bloqueios judiciais em suas contas por um período de 60 dias. Essa liminar é essencial para que o clube consiga reorganizar suas finanças, com dívidas que totalizam incríveis R$ 2,4 bilhões. Dentre essas obrigações, destaca-se um débito significativo de R$ 704 milhões com a Caixa Econômica Federal referente ao financiamento da Neo Química Arena.

    A medida judicial veio em um momento crítico, pois o clube enfrentava severos bloqueios que ultrapassaram R$ 50 milhões ao longo do ano, colocando em risco a sua operação e comprometendo o pagamento a credores. Em uma declaração, a diretoria do Corinthians afirmou: “A medida visa organizar o fluxo e a ordem de pagamentos dos credores, justamente para que todos possam receber, sem que ocorram bloqueios sucessivos nas contas bancárias do clube.”

    A torcida organizada Gaviões da Fiel tem se mobilizado para auxiliar o clube nesta situação delicada, lançando uma campanha de arrecadação online. Até agora, a iniciativa já arrecadou a impressionante quantia de R$ 24.121.348,21, demonstrando a força e o apoio da torcida diante das dificuldades. O clube também está buscando um acordo no Regime Centralizado de Execuções (RCE), que permitirá negociar suas dívidas de forma coletiva, otimizando o pagamento aos credores.

    Além dos bloqueios, o Corinthians já enfrentou processos que resultaram em penhoras em suas contas. Um caso significativo foi a retenção de R$ 19 milhões em favor da Pixbet, devido a uma multa por quebra de contrato. Outro bloqueio, revelado em 27 de novembro de 2024, envolveu cerca de R$ 12,4 milhões referentes ao financiamento da Neo Química Arena, que não estão relacionados à arrecadação realizada pela torcida.

    Agora, a expectativa gira em torno da apresentação de um plano de pagamento que deverá ser protocolado em até 60 dias, contemplando todos os credores e permitindo que o Corinthians recupere sua saúde financeira. A execução desse plano será crucial não apenas para a sobrevivência do clube, mas também para a continuidade de seus projetos e investimentos futuros.

    Portanto, o cenário atual pode ser uma nova oportunidade para que o Corinthians retome seu caminho de volta aos trilhos, com a esperança de sanar suas dívidas e voltar a conquistar títulos, contando, especialmente, com o apoio irrefreável de sua apaixonada torcida.

  • Inadimplência no Brasil: 68,1 milhões de consumidores negativados em outubro de 2024

    Inadimplência no Brasil: 68,1 milhões de consumidores negativados em outubro de 2024

    A inadimplência no Brasil atingiu níveis alarmantes em outubro de 2024, com 68,1 milhões de consumidores enfrentando dificuldades financeiras. Este número representa 41,2% da população adulta brasileira, indicando um cenário preocupante para a economia do país.

    Entre as faixas etárias, o grupo dos 30 a 39 anos é o mais afetado, com 23,7% dos indivíduos nesta faixa apresentando sinais de negativação. A pesquisa revela que aproximadamente 16,84 milhões de pessoas nesta categoria estão registradas em cadastros de devedores, o que representa metade (49,6%) dos brasileiros adultos desse grupo.

    Outro dado relevante é a média de dívida por consumidor inadimplente: cada um deles deve, em média, R$ 4.425,73. Os detalhes das dívidas mostram que cerca de 30,9% dos inadimplentes possuem débitos de até R$ 500, enquanto 15,6% têm dívidas superiores a R$ 7.500.

    Quando analisamos a distribuição das dívidas por setor, os bancos aparecem como o principal credor, respondendo por 64,9% do total de dívidas. O comércio e as contas de água e luz seguem na lista, com 10,5% e 10,4% respectivamente. Além disso, as informações regionais revelam que o Centro-Oeste é a região mais afetada, com 44,5% da sua população adulta negativada, enquanto a região Sul apresenta os menores índices, com 36,7% de inadimplentes.

    Essa situação de inadimplência ressalta a necessidade urgente de estratégias eficazes para a recuperação econômica dos consumidores brasileiros. Medidas que incentivem a educação financeira e possibilitem o gerenciamento das dívidas serão fundamentais para a melhoria desse cenário no futuro.