O observador internacional Gustavo Silva não descarta a possibilidade de apresentar as atas das eleições da Venezuela ao assessor especial da presidência, Celso Amorim, em um momento crítico para a política venezuelana. Essa iniciativa surge após o governo brasileiro não reconhecer a vitória do ditador Nicolás Maduro, bem como a da oposição, que possui considerável apoio internacional.
A visita de Silva ao Brasil, que ocorreu a convite da senadora Tereza Cristina, tem como objetivo expor os documentos a representantes do Itamaraty e parlamentares. “Vamos mostrar a quem quiser ver”, disse Silva em declaração recente, enfatizando a importância de apresentar a verdade sobre as eleições venezuelanas.
O diplomata ficou mais de um ano nos Estados Unidos, onde se preparou para levar os relatórios que, segundo ele, comprovam a fraude nas eleições. De acordo com as atas, que foram verificadas e aprovadas pelo Centro Carter, o candidato da oposição, Edmundo González, obteve uma vitória contundente, com mais de 67% dos votos, em contraste com os 31% menos expressivos de Maduro.
Durante uma recente sessão do Conselho Permanente da OEA, que contou com a convocação de vários países para debater a crise na Venezuela, o Centro Carter expressou preocupações sobre a falta de transparência no processo eleitoral. A recusa do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em divulgar as atas foi considerada uma violação dos padrões internacionais de eleições justas.
Jennie Lincoln, especialista da missão de observação do Centro Carter, afirmou que o sistema eletrônico de votação funcionou e, portanto, é fundamental que a verdade sobre os resultados eleitorais seja revelada. O governo da Venezuela, bem como os partidos de oposição, precisa enfrentar as consequências de suas ações e a comunidade internacional deve estar atenta.
Essa situação reflete uma grande batalha política que vai além das fronteiras da Venezuela e envolve questões de democracia, transparência e direitos humanos. À medida que a situação política na Venezuela continua a se deteriorar, é crucial que a verdade sobre as eleições seja conhecida mundialmente e que as vozes da oposição sejam ouvidas.