Tag: Carrefour

  • Demissões em Massa: Carrefour Dispensa 2.200 Funcionários às Vésperas do Natal

    Demissões em Massa: Carrefour Dispensa 2.200 Funcionários às Vésperas do Natal

    A rede de supermercados Carrefour, uma das maiores do Brasil e proprietária do Atacadão e do Sam’s Club, surpreendeu ao anunciar a demissão de 2.200 funcionários a poucos dias do Natal. Este número representa cerca de 1,5% do total de seus 130 mil trabalhadores, incluindo empregos diretos e indiretos. A empresa não forneceu detalhes sobre quais cargos foram afetados por essa decisão.

    Em um comunicado enviado ao jornal local, o Carrefour afirmou que as demissões fazem parte de um movimento natural no setor varejista e que não afetariam a operação durante o período festivo, assegurando que o atendimento e os serviços aos clientes permanecem garantidos. Além da rede de supermercados, a companhia também opera postos de gasolina e drogarias sob sua marca.

    Curiosamente, essa onda de demissões ocorre em um momento em que a maioria das empresas do setor varejista realiza contratações temporárias, prevendo um aumento de 12% no consumo no período que antecede as festas de fim de ano, em comparação ao ano anterior. Tais contratações são esperadas para atender à demanda crescente durante um dos períodos mais movimentados do varejo.

    Vale ressaltar que, em outubro de 2024, o Carrefour anunciou a abertura de 6.000 novas vagas de emprego. As ofertas abrangem diversos cargos, incluindo padeiro, açougueiro, empacotador e operador de caixa, distribuídas em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal. Essas contratações contrastam fortemente com o atual cenário de demissões.

    Adicionalmente, o Carrefour recentemente se envolveu em uma crise diplomática devido a declarações do seu presidente global, Alexandre Bompard, que anunciou que a empresa não compraria mais carne de países que pertencem ao Mercosul. Esta atitude gerou um boicote de frigoríficos brasileiros, levando a um cenário de tensão que resultou em um pedido de desculpas formal do CEO ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

  • Câmara dos Deputados acelera PL da reciprocidade após declarações do Carrefour

    Câmara dos Deputados acelera PL da reciprocidade após declarações do Carrefour

    A Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (26 de novembro), o requerimento de urgência do Projeto de Lei 1.406 de 2024, que estabelece que o governo brasileiro só firmará novos acordos comerciais com países que possuam normas ambientais semelhantes às do Brasil. Essa urgência permite que o projeto seja discutido diretamente em plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas.

    A aprovação da proposta é uma resposta imediata da bancada ruralista após o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, declarar em 20 de novembro que a companhia não compraria mais carnes dos países do Mercosul. O PL ainda busca impedir que o governo brasileiro assine acordos internacionais que imponham restrições à exportação de produtos, com a condição de que os países parceiros apresentem níveis de emissões de gases de efeito estufa iguais ou inferiores aos brasileiros.

    A posição do Carrefour gerou tensão entre as diplomacias do Brasil e da França. Produtores brasileiros de carne cogitaram um boicote à entrega de produtos para as franquias da rede no Brasil, mas essa ação foi suspensa após Bompard enviar uma carta de retratação ao governo, na terça-feira (26). Na carta, ele pediu desculpas pela comunicação que, segundo ele, causou confusão e pode ter sido vista como uma crítica à relação da marca com a agricultura brasileira.

    No mesmo dia, durante um almoço com integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (conhecida como “bancada do agro”), o presidente da Câmara, Arthur Lira, chamou a declaração de Bompard de “fraca” e destacou a necessidade de uma resposta mais firme das entidades governamentais e do Congresso diante de narrativas que fomentam a desinformação sobre a agricultura brasileira.

    • Lula: O presidente afirmou que a França “não apita nada” sobre acordos do Mercosul com a União Europeia, enfatizando a independência do Brasil nas negociações internacionais.
    • Defesa do Setor Agro: Com a retratação do Carrefour, o governo federal reforçou seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro.
    • Possíveis Ações Legais: A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) anunciou que irá processar o Carrefour na União Europeia, buscando salvaguardar os interesses dos produtores locais.

    A situação envolvendo o Carrefour ressalta a importância das relações comerciais e diplomáticas do Brasil, especialmente no contexto do agronegócio. As políticas de reciprocidade e as novas legislações podem moldar o futuro das relações comerciais do Brasil com os países do Mercosul e além.

  • Conflito com Carrefour Resolve: A Retratação que Elimina a Crise entre Brasil e França

    Conflito com Carrefour Resolve: A Retratação que Elimina a Crise entre Brasil e França

    O recente mal-estar gerado pelas declarações do presidente do Carrefour na França, Alexandre Bompard, sobre a qualidade da carne brasileira está oficialmente superado. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou em sua participação no programa Bom Dia, Ministro que tanto a situação empresarial quanto as relações entre os governos foram restauradas após o pedido de desculpas do executivo francês.

    A avaliação de Vieira destaca que as palavras de Bompard, que anteriormente afirmaram que a carne produzida no Brasil não respeitava as normas sanitárias da França, impactaram não apenas a imagem do Brasil, mas também provocaram reações intensas entre os produtores brasileiros. Entre as respostas imediatas, surgiram críticas e um movimento de boicote no fornecimento de proteínas aos mercados Carrefour no Brasil.

    Apelo Governamental e Retratação
    O ministro observou que a questão era realmente de caráter empresarial, e o papel do governo federal consistiu em defesa da qualidade dos produtos brasileiros. “Foi a manifestação de uma empresa privada, e governos não se envolvem nisso. O que fizemos foi uma nota e até uma segunda nota de esclarecimento sobre a situação”, ressaltou Vieira.

    Em resposta à pressão dos produtores e à repercussão negativa, Bompard publicou uma nota de retratação, elogiando a qualidade da carne brasileira e reconhecendo o erro em suas declarações anteriores. Essa carta foi enviada ao Ministério da Agricultura, o que, segundo Vieira, marca um ponto final no conflito.

    Relações Comerciais e Qualidade da Carne Brasileira
    Vieira enfatizou que a carne do Brasil é exportada para mais de 140 países e que atende a todos os requisitos sanitários exigidos, incluindo mercados rigorosos como a União Europeia, Japão, Estados Unidos e China. “A retratação do empresário deve ser vista como uma boa resposta para a questão entre as empresas. Do ponto de vista de governo, não houve nenhum problema maior”, concluiu.

    O incidente não apenas elevou a discussão sobre a qualidade da carne brasileira no cenário internacional, mas também ressaltou o papel das empresas em manter a reputação e a confiança junto aos seus mercados consumidores. A capacidade de resposta e a postura de retratação do Carrefour são etapas fundamentais para restaurar a relação de confiança com os consumidores brasileiros e fortalecer as exportações do produto, que é uma das principais fontes de receita do agronegócio nacional.

  • CNA Processa Carrefour na União Europeia por Inverdades sobre Carne Brasileira

    CNA Processa Carrefour na União Europeia por Inverdades sobre Carne Brasileira

    A Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA) anunciou na terça-feira (26.nov.2024) que irá adotar medidas legais junto à União Europeia contra o Carrefour e outras empresas francesas. O motivo? A decisão de não comprar mais carnes produzidas em países do Mercosul, incluindo o Brasil, sob o argumento de que esses produtos não atendem aos padrões de qualidade europeus.

    A CNA alega que essa posição do Carrefour baseia-se em informações falsas que prejudicam a imagem e as vendas dos produtores brasileiros. De acordo com a entidade, essa é uma tentativa de desqualificar a carne brasileira, que se tornou reconhecida mundialmente. “Fomos surpreendidos pela atitude do Carrefour. Eles tentaram criar uma imagem negativa sobre a carne que fornecemos, o que não é verdade”, afirmou João Martins, presidente da CNA.

    Em resposta às alegações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil classificou as afirmações como mentirosas. A CNA planeja acionar seu escritório de advocacia em Bruxelas, na Bélgica, buscando a proteção dos princípios de liberdade econômica e a valorização da produção brasileira no mercado europeu.

    É importante ressaltar que, no dia 20 de novembro, Bompard anunciou que a rede de supermercados interromperia a comercialização de carnes da América Latina, incluindo as do Brasil, implicando que estas não atendem aos critérios exigidos. Essa ação levou a CNA a ver a necessidade de um posicionamento firme junto às instituições europeias.

    A situação gerou um apelo entre políticos brasileiros que incentivaram um boicote ao Carrefour. Na terça-feira seguinte à declaração, a rede publicou uma carta de retratação, mas mantendo a decisão de não comprar carnes do Mercosul. O documento reconheceu que a comunicação anterior pode ter causado confusão, mas não alterou a natureza da decisão.

    Embora tenham havido pedidos de desculpas, a CNA e o governo brasileiro ainda insistem que a qualidade da carne nacional é alta e vem sendo reconhecida globalmente, abastecendo mercados nos Estados Unidos, Europa, Oriente Médio, além da China e demais países asiáticos. “A agricultura brasileira combina qualidade com respeito às normas e segurança alimentar”, concluiu Martins.

  • Brasil Reforça Defesa do Agronegócio Após Retratação do Carrefour

    Brasil Reforça Defesa do Agronegócio Após Retratação do Carrefour

    O governo brasileiro, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária, emitiu uma nota oficial na manhã de terça-feira, 26 de novembro de 2024, reafirmando sua posição de defesa em relação ao agronegócio nacional. Essa declaração vem após o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciar que a rede francesa de supermercados deixaria de adquirir proteínas animais do Mercosul.

    A nota do governo destaca a importância das relações comerciais e históricas que o Brasil mantém com a França e a União Europeia. O texto afirma: “O Brasil ressalta a importância da parceria estratégica, dos fluxos de comércio e dos laços históricos que mantém com o continente europeu de maneira geral e com a França em particular. Não obstante, voltará a reagir com firmeza contra qualquer nova campanha que tenha como alvo a imagem de produtos brasileiros, em especial do agronegócio.”

    O contexto dessa situação remonta a pressões exercidas por agricultores franceses em relação ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O boicote anunciado pelo Carrefour, que visava barrar a compra de carne brasileira, gerou uma onda de indignação no Brasil, uma vez que o governo considera a produção local de alimentos como de alta qualidade e rigor sanitário.

    No mesmo dia, Alexandre Bompard enviou uma carta com uma retratação formal, expressa pelo embaixador francês no Brasil, Emmanuel Lenain, ao ministro Carlos Fávaro e assessores do presidente Luíz Inácio Lula da Silva. O Itamaraty e o Ministério da Agricultura e Pecuária reforçaram a posição do Brasil como protagonista no mercado global de alimentos, enfatizando a qualidade e segurança sanitária dos produtos brasileiros.

    Em sua mensagem, o governo Brasileiro destacou que a produção de proteína animal do Mercosul atende mais de 160 países, incluindo membros da União Europeia. “A condição de protagonista no mercado global de alimentos, conquistada com produtos competitivos, sustentáveis e, sobretudo, de alta qualidade e rigor sanitário, é resultado do trabalho de várias gerações de brasileiras e brasileiros”, declararam os ministérios.

    Além disso, o Itamaraty espera que as empresas que anunciaram os boicotes revertam suas decisões, que foram consideradas infundadas. A nota conclui alertando que todos os que participaram da campanha de desinformação devem ter consciência das consequências negativas de suas ações.

  • Carrefour e o impacto nas relações comerciais com o Brasil: uma análise da Frente Parlamentar do Empreendedorismo

    Carrefour e o impacto nas relações comerciais com o Brasil: uma análise da Frente Parlamentar do Empreendedorismo

    O presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), expressou preocupações sobre o posicionamento do Carrefour, que anunciou a interrupção de suas compras de carnes do Mercosul. Durante uma coletiva de imprensa na última terça-feira, Passarinho declarou que a decisão da rede de supermercados francesa não é apenas uma questão isolada, mas que pode sinalizar um “início de uma avalanche” de boicotes por parte de empresas europeias.

    Em suas declarações, o deputado não encontrou justificativas plausíveis para tal decisão, afirmando: “Não houve nenhum tipo de justificativa plausível para isso e a gente espera que não seja o início de uma avalanche de outras empresas”. Ele enfatizou que, embora não considere essa situação como diretamente prejudicial ao Brasil, uma resposta política robusta é necessária para evitar a escalada do problema.

    No mesmo contexto, o deputado alagoano classificou a ação como “protecionismo europeu” e indicou que o Congresso deve discutir e elaborar propostas de reciprocidade econômica entre os países envolvidos. O discurso enfatiza uma clara necessidade de resposta institucional e comercial diante de ações que possam afetar a imagem e economia brasileira.

    Além disso, a recente carta de retratação do CEO mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, trouxe um alívio temporário para os produtores brasileiros, mas as preocupações sobre as intenções verdadeiras da empresa permanecem. A carta foi entregue pelo embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, refletindo uma tentativa de acalmar os ânimos enquanto o setor agrícola se mobiliza contra as decisões da multinacional francesa.

    Em meio a esse cenário, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo articulou reuniões para definir a melhor forma de resposta. Um dos pontos centrais descartados foi um possível boicote ao Carrefour, já que, segundo os deputados, isso poderia também trazer consequências negativas para o Brasil. A estratégia continua a ser de diálogo e busca por entendimento, mas não sem a devida crítica às ações que podem ser vistas como “discriminação comercial” contra produtos brasileiros.

    • Ações simultâneas: O apoio de múltiplos deputados e iniciativas de reciprocidade estão ganhando força.
    • Resposta do setor agro: O apoio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e reação de outros envolvidos são evidentes no debate.
    • Impactos diretos: A interrupção de compras pode ter efeitos negativos sobre os produtores de carne do Brasil.

    A situação ilustra a delicada balança entre comércio internacional e soberania econômica, essencial para proteger tanto os esforços de diplomacia agrícola quanto a integridade das relações comerciais entre Brasil e Europa.

  • Governo Lula Exige Retratação do Carrefour em Meio a Boicote ao Mercosul

    Governo Lula Exige Retratação do Carrefour em Meio a Boicote ao Mercosul

    O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera uma retratação pública do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, em resposta às declarações feitas sobre a qualidade das carnes brasileiras. Na quarta-feira (20 de novembro de 2024), Bompard anunciou que a rede não compraria mais proteínas do Brasil, alegando que os produtos não atendiam às normas de qualidade exigidas pela França.

    Durante uma entrevista à TV Globo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, enfatizou que a embaixada francesa no Brasil intermediaria a situação. No entanto, não foi estabelecida uma data para que essa mediação ocorra. Fávaro afirmou: “O embaixador francês se ofereceu para ser um intermediador de uma proposta para apaziguar este assunto…” Essa negociação visa uma fala de retratação por parte do Carrefour.

    A relação entre o Brasil e a França, segundo o ministro, permanece boa, apesar do atrito. Fávaro comentou que o desconforto foi causado pela decisão “desrespeitosa” de Bompard. Ele declarou que o assunto não é apenas burocrático e envolve relações diplomáticas relevantes entre os dois países, que devem ser mantidas.

    A decisão do CEO do Carrefour afeta principalmente as operações da rede na França. A boa notícia para os consumidores é que outras lojas da marca fora da França continuarão a oferecer carnes sul-americanas. Em resposta ao boicote, frigoríficos brasileiros como Marfrig e JBS, que são responsáveis por 80% do fornecimento de carnes do Carrefour Brasil, suspenderam o abastecimento das lojas no Brasil. Além disso, outras empresas como Masterboi e Minerva também se uniram ao movimento de boicote.

    As implicações financeiras de tais ações podem ser significativas. Especialistas acreditam que o boicote pode impactar diretamente o lucro do Carrefour no quarto trimestre, além de potencialmente afetar a percepção pública da marca no Brasil e na América do Sul.

    Na atual situação, o Carrefour enfrentará desafios para reconstruir a confiança e a reputação no Brasil, um mercado vital para os negócios. A busca por uma solução amigável se torna crucial para não apenas restaurar o abastecimento, mas também para manter a fidelidade dos consumidores.

  • Impacto do Boicote ao Carrefour: Análise de Mercado e Expectativas para o 4º Trimestre

    Impacto do Boicote ao Carrefour: Análise de Mercado e Expectativas para o 4º Trimestre

    O recente boicote ao Carrefour, consequência de declarações do CEO da companhia na França, pode ter repercussões significativas no desempenho financeiro da rede de supermercados no quarto trimestre. Frigoríficos como JBS e Marfrig suspenderam o fornecimento de carnes em resposta a uma decisão da empresa de não comprar mais carnes do Mercosul, reforçando protests de agricultores brasileiros.

    Embora a carne represente uma parcela reduzida nas vendas totais do Carrefour, a interrupção do fornecimento pode afetar os indicadores financeiros do comércio, dependendo da duração desta falta. De acordo com analistas de instituições renomadas, a interrupção pode resultar em uma queda estimada de 0,07% a 0,13% nas vendas a cada dia de desabastecimento, o que pode impactar diretamente o lucro líquido em 0,54% a 1,09%.

    Além disso, a falta de produtos pode causar uma diminuição no tráfego de clientes nas lojas, refletindo diretamente nas vendas de outras categorias de produtos. Especialistas observam que as vendas de carne são essenciais, não apenas pela sua relevância nas cestas de compras, mas também por serem um impulsionador de tráfego. Por exemplo, uma em cada quatro cestas de clientes inclui carne, o que levanta preocupações sobre o impacto negativo que essa situação pode ter nas vendas gerais.

    • Goldman Sachs estima que a carne bovina represente cerca de 12% das vendas totais.
    • A interrupção impacta carnes como frango (6%) e suína (2%).
    • O Carrefour afirma que a comercialização dos produtos ocorre normalmente e que não há desabastecimento nas lojas.

    Com a situação se desenrolando, há a expectativa de que os consumidores possam procurar alternativas em outras redes de supermercados, como Assaí, que pode se beneficiar dessa crise de abastecimento. O cenário atual traz um desafio adicional, uma vez que o mês de dezembro costuma ser uma temporada de vendas fortes, onde qualquer desvio na oferta pode resultar em perdas significativas.

    Portanto, o que se vê é um cenário complexo, onde as repercussões deste conflito poderão reverberar não apenas nas finanças do Carrefour, mas também na dinâmica competitiva do mercado supermercadista brasileiro.

  • JBS Suspende Fornecimento de Carne ao Carrefour em Resposta ao Boicote Francês

    JBS Suspende Fornecimento de Carne ao Carrefour em Resposta ao Boicote Francês

    A JBS, renomada empresa brasileira proprietária da Friboi, anunciou a suspensão do fornecimento de carne para a rede de supermercados Carrefour no Brasil. Este movimento ocorre como uma reação ao boicote imposto pela marca francesa às carnes produzidas no Mercosul, revelando um conflito significativo entre os interesses do agronegócio e os acordos comerciais internacionais.

    Na quinta-feira, 21 de novembro, a JBS deu início aos procedimentos para interromper suas vendas ao Carrefour. A decisão se alinha às recomendações de representantes do setor agropecuário, incluindo a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), que propôs essa medida como forma de protesto contra o boicote francês.

    O Carrefour França informou que a suspensão de compra de carnes do Mercosul é parte de uma resposta a pressões de agricultores locais, que veem o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul como uma ameaça. O acordo prometia movimentar até R$ 274 milhões em produtos agrícolas e unir um mercado de aproximadamente 780 milhões de pessoas. No entanto, o Carrefour esclareceu que a medida se aplica apenas nas lojas da França, e não afetará suas operações no Brasil ou na Argentina.

    “Em nenhum momento se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise,” afirmou um comunicado oficial do Carrefour, enfatizando que as ações na Europa não têm impacto nos negócios das filiais sul-americanas.

    Este episódio provocou reações intensas no Brasil, onde setores do agro expressaram indignação. As respostas variam de apelos à parada total do fornecimento de carne ao Carrefour até manifestações em pontos de venda, mostrando a força e a mobilização do setor agropecuário diante da crise.

    • Boicote à carne do Mercosul causa indignação nos setores brasileiros.
    • Agropecuários sugerem bloqueio do fornecimento ao Carrefour.
    • O Carrefour reafirma que suas operações fora da França continuam inalteradas.

    A situação é delicada e pode ter repercussões significativas nas relações comerciais entre Brasil e Europa. Enquanto a JBS anunciou sua decisão em resposta ao mercado francês, as consequências deste boicote podem afetar a imagem do Mercosul e a disposição de empresas internacionais em realizar negócios com produtos brasileiros. A complexidade do cenário atual exige uma análise cuidadosa e estratégica para mitigar impactos futuros.

  • Carrefour na França Anuncia Fim da Venda de Carne do Mercosul: Impactos e Reações

    Carrefour na França Anuncia Fim da Venda de Carne do Mercosul: Impactos e Reações

    O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, comunicou em uma declaração recente que a rede de supermercados global não comercializará mais carne proveniente do Mercosul, blocos que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A decisão foi anunciada nas redes sociais e gerou controvérsia tanto na França quanto no Brasil.

    Embora a medida pareça ter motivações políticas e de proteção econômica à agricultura francesa, o Carrefour Brasil se apressou a afirmar que sua política de compras permanece inalterada. Em entrevista ao g1, a filial brasileira destacou que essa restrição não afetará suas operações no país e que continuarão a adquirir carne de frigoríficos locais, mantendo a prática de abastecer suas 1,2 mil lojas majoritariamente com carne brasileira.

    A reação do governo brasileiro foi imediata. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou uma nota rechaçando as declarações do CEO, ressaltando o compromisso do Brasil com qualidade e boas práticas agrícolas. O ministério sublinhou que a agropecuária brasileira atende a rigorosos padrões exigidos pela União Europeia e que os produtos brasileiros são respeitados e atestados por autoridades sanitárias do bloco europeu.

    A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) também lamentou a declaração do CEO do Carrefour. A associação considerou a decisão contraditória, uma vez que a operação do Carrefour no Brasil depende significativamente da carne brasileira. A Abiec destacou que, em 2023, o Brasil respondeu por 27% das importações de carne bovina da União Europeia, enquanto o Mercosul correspondia a 55% desse total. Portanto, a limitação das vendas de carne pode não apenas afetar o mercado externo, mas também comprometer o fornecimento interno.

    Além disso, a Abiec alertou que a decisão do Carrefour pode impactar negativamente o negócio em si, uma vez que a produção local não é capaz de satisfazer toda a demanda no país. O futuro das operações da empresa e sua relação com o mercado brasileiro de carne será acompanhado de perto por entidades do setor e pelo governo.