Neste sábado, 26 de janeiro de 2025, o brasileiro Rafael Zimerman, que sobreviveu ao ataque terrorista do grupo Hamas em 2023, participou de uma emocionante cerimônia em homenagem às vítimas do Holocausto, realizada em São Paulo.
A cerimônia, que ocorreu na Sinagoga Etz Chaim, foi organizada por várias entidades israelitas, incluindo a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp). O evento é parte da comemoração do Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto e marca os 80 anos da libertação do Campo de Concentração de Auschwitz.
Durante o ato solene, seis velas foram acesas em tributo aos seis milhões de judeus exterminados e a todas as vítimas do regime nazista. Uma sétima vela foi acesa por Zimerman, que dedicou a sua lembrança às vítimas do ataque terrorista que sofreu em 7 de outubro de 2023, quando estava no festival Supernova em Israel.
Rafael Zimerman, que agora é embaixador do movimento #PinForPeace, compartilhou suas experiências traumáticas durante o ataque na cerimônia. Em uma entrevista anterior, ele descreveu o pânico e a confusão que sentiu durante o ataque, lembrando a sensação de desespero: “Lembro-me de tudo… Sou o único que tem conseguido falar a respeito e por isso comecei a dar palestras”. Sua coragem e determinação em continuar contando sua história têm inspirado muitos, servindo como um lembrete da importância de não esquecer as atrocidades do passado.
O evento não apenas homenageou as vítimas do Holocausto, mas também ressaltou a resiliência e a luta pela paz de pessoas como Zimerman, que sofrem as consequências de conflitos armados. A acender a vela em memória das vítimas do Hamas, ele representa aqueles que ainda lutam para encontrar sentido em suas experiências atrozes.
O ato solene foi acompanhado por sobreviventes do Holocausto, jovens, autoridades políticas e líderes religiosos, todos unidos para lembrar das consequências devastadoras da intolerância e do ódio. No espírito de esperança, eles reivindicaram um futuro onde tais tragédias nunca mais voltem a acontecer.
Por meio de sua participação nas homenagens, Zimerman reafirma seu compromisso com a paz e a educação sobre os horrores que o extremismo pode causar, provando que mesmo diante do luto e da dor, há sempre espaço para a memória e a reparação.