Tag: Angra 3

  • Deputado Julio Lopes Pressiona Lula para Avançar nas Obras de Angra 3

    Deputado Julio Lopes Pressiona Lula para Avançar nas Obras de Angra 3

    O deputado Julio Lopes (PP-RJ) está organizando uma reunião com prefeitos do Rio de Janeiro para se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima segunda-feira, 9 de dezembro de 2024. O principal objetivo desta reunião é pressionar o governo federal a dar continuidade às obras da usina nuclear Angra 3.

    A proposta é realizar este encontro um dia antes da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), programada para a terça-feira, 10 de dezembro. Esse encontro incluirá Lula e vários ministros, que discutirão o futuro do projeto e se Angra 3 seguirá em seus planos.

    Segundo informações, Lopes convidou o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que possui uma relação cordial com Lula. Outros prefeitos do estado também foram convidados. O Palácio do Planalto, até o momento, não confirmou a agenda do encontro.

    O deputado argumenta que a continuidade das obras em Angra 3 geraria um impacto significativo na economia do estado, estimado em R$ 150 milhões, além de gerar aproximadamente 11.000 empregos. Em declarações recentes, Lopes pediu que os brasileiros “rezem” para que o governo opte pela conclusão da usina.

    Embora a proposta de continuidade pareça vantajosa em termos estaduais, o governo federal prevê um impacto financeiro bilionário em ambas as possibilidades: tanto na continuação das obras quanto na desistência do projeto. O BNDES estima que a finalização de Angra 3 custará cerca de R$ 23 bilhões, enquanto a desistência do projeto também envolveria custos significativos, na ordem de R$ 21 bilhões. Desde o início das obras, em meados dos anos 80, o Brasil já investiu aproximadamente R$ 12 bilhões na usina.

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já se manifestou favorável à conclusão das obras e provavelmente será uma voz a favor do projeto no CNPE. No entanto, os altos custos associados à finalização das obras estão causando preocupação entre os membros do governo.

  • Governo Renova Licença da Usina Nuclear de Angra 1 por 20 Anos: Implicações para o Futuro Energético do Brasil

    Governo Renova Licença da Usina Nuclear de Angra 1 por 20 Anos: Implicações para o Futuro Energético do Brasil

    A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) autorizou a operação da usina nuclear Angra 1, localizada no Rio de Janeiro, por mais 20 anos. Esta decisão, anunciada em 21 de novembro de 2024, foi motivada pela necessidade de renovar a licença da usina, que opera desde 1985 e cuja autorização anterior expira em dezembro de 2024. A renovação, que começou a ser discutida em 2019, contou com o apoio do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

    O apoio à energia nuclear tem ganhado força nas declarações de Silveira. Segundo o ministro, o Brasil possui vastas reservas de urânio que ainda não foram exploradas, e a energia nuclear é uma alternativa viável para complementar as fontes renováveis intermitentes. Ele afirma que: “A energia nuclear é essencial para garantir uma matriz energética limpa, segura e sustentável. O Brasil possui um dos maiores potenciais do mundo em recursos de urânio e precisa explorar essa riqueza de maneira estratégica”.

    A instalação de Angra 1 não é a única preocupação do governo; a conclusão das obras da Angra 3 também está em pauta. Silveira planeja apresentar um projeto ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para reavivar a construção dessa usina, interrompida há anos. Estima-se que o custo para abandonar as obras de Angra 3 possa ultrapassar R$ 21 bilhões, enquanto a conclusão requer um investimento de R$ 23 bilhões.

    Essas decisões são críticas em um cenário onde o Brasil busca diversificar sua matriz energética, especialmente diante do aumento das energias renováveis. O governo está ciente da importância de manter uma base de produção de energia confiável para atender à crescente demanda energética do país.

    Embora haja preocupações quanto aos custos envolvidos, a intenção de concluir Angra 3 reflete uma estratégia mais ampla para assegurar que o Brasil consiga fornecer uma energia mais firme, essencial para garantir a estabilidade do sistema elétrico. Em meio ao debate sobre o futuro energético, a energia nuclear poderá desempenhar um papel crucial na construção de uma matriz energética mais resiliente e sustentável.

  • Brasil possui grande potencial em reservas de urânio, mas enfrenta desafios na cadeia nuclear

    Brasil possui grande potencial em reservas de urânio, mas enfrenta desafios na cadeia nuclear

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a necessidade de modernizar a cadeia nuclear brasileira. Ele ressaltou que, apesar de ser a 7ª maior reserva de urânio do mundo, o país conhece apenas 26% do seu subsolo.

    Na avaliação de Silveira, a legislação atual dificulta a participação do setor privado na exploração, o que limita a eficiência do setor. A Constituição estabelece que o Estado é o controlador, mas é preciso encontrar maneiras de avançar nessa área. Atualmente, a INB e a Eletronuclear são responsáveis pela atividade de extração e produção de energia nuclear.

    Silveira também reconheceu a necessidade de concluir as obras em Angra 3, classificando a instalação como um ‘mausoléu’. Ele ressaltou a importância de considerar os pequenos reatores nucleares e destacou a relevância da energia nuclear para suprir as demandas de energia limpa e renovável, especialmente para os datacenters de IA.

    No Nordeste, em Caetité, Bahia, é a única mina de urânio em operação no Brasil. Além disso, o projeto de Santa Quitéria, Ceará, visa expandir a exploração, mas enfrenta desafios com o licenciamento ambiental.

    Apesar dos depósitos em outros estados, o país precisa superar entraves para se beneficiar plenamente do seu potencial em urânio.