Tag: Alexandre Silveira

  • Ibama pode liberar exploração de petróleo na Foz do Amazonas, afirma Ministro

    Ibama pode liberar exploração de petróleo na Foz do Amazonas, afirma Ministro

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) está prestes a autorizar a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas. Após a Petrobras ter sanado todas as exigências feitas pelo órgão ambiental, a liberação da licença é aguardada com expectativa.

    Durante a conversa com a imprensa, Silveira afirmou que em dezembro do ano anterior, a Petrobras entregou todas as informações necessárias e esclarecimentos que o Ibama havia solicitado. “Estamos aguardando a licença. Eu quero acreditar que o presidente do Ibama é um homem de bom senso e verdadeiro. Se ele for, vai liberar a licença. A Petrobras já entregou tudo que ele pediu”, comentou Silveira à Folha de S.Paulo.

    Ele destacou a importância desse processo, enfatizando que a aprovação deve ser baseada em razões técnicas e não ideológicas. “Se esse processo não ficar na questão ideológica, o Ibama vai aprovar. Não tem motivo para não licenciar. Temos de ter sentido de urgência e responsabilidade no licenciamento”, disse o ministro.

    O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, reafirmou que a análise técnica das informações prestadas pela Petrobras está em andamento. Anteriormente, o Ibama havia rejeitado o projeto devido à falta de alternativas viáveis para mitigar a perda de biodiversidade em caso de um vazamento de óleo. Em uma nova oportunidade, Agostinho decidiu manter o processo em aberto, permitindo que a Petrobras apresentasse novas informações e avançasse nas discussões sobre o projeto.

    Embora a extração de petróleo tenha sido criticada em diversos setores, Silveira argumentou que “a exploração do petróleo é uma questão de demanda”. Ele ressaltou que, enquanto houver demanda no mercado, o Brasil não pode deixar de oferecer. “Nós já temos a melhor matriz elétrica do mundo e o melhor biocombustível do mundo. Já somos sustentáveis, e precisamos de previsibilidade e segurança jurídica para investimentos no Brasil”, concluiu.

  • Brasil e Argentina Firmam Acordo para Importação de Gás Natural

    Brasil e Argentina Firmam Acordo para Importação de Gás Natural

    O acordo entre os governos do Brasil e da Argentina para a compra do gás de xisto da Vaca Muerta será assinado nesta segunda-feira, 18 de novembro de 2024. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou que cinco rotas potenciais foram planejadas para transportar o gás da Argentina para o Brasil. Essas rotas visam facilitar o aumento das importações de gás natural, fundamental para a segurança energética do Brasil.

    Em entrevista ao O Globo, Silveira enfatizou que o principal objetivo das negociações é reduzir os custos do gás no Brasil e expandir a oferta do recurso. Ele destacou: “Queremos aumentar a oferta de gás no Brasil e, consequentemente, diminuir o preço. É essencial tratar o gás como uma energia de transição e reindustrializar o Brasil com o aumento do volume disponível.”

    O Gasbol, gasoduto que liga Brasil e Bolívia, será um componente-chave no envio do gás, que atualmente opera abaixo da capacidade. Este gasoduto está interligado a outras rotas dentro do Brasil e da Bolívia, incluindo uma conexão com a Argentina. Atualmente, o Gasbol fornece apenas 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia, quando sua capacidade total poderia chegar a 30 milhões m³/dia.

    As quatro rotas adicionais propostas incluem traçados que atravessam o Chaco paraguaio, fazem conexão em Uruguaiana (RS), um trecho pelo Uruguai e a opção de conversão a GNL (gás natural liquefeito). O governo brasileiro espera que o preço do gás, atualmente em US$ 13,82 por milhão de BTUs, possa ser reduzido a US$ 7 ou US$ 8 por milhão de BTUs, enquanto o gás de Vaca Muerta está custando cerca de US$ 2 por milhão de BTUs na Argentina.

    Nas deliberações que antecedem a assinatura do acordo, o planejamento estratégico inclui objetivos de longo prazo: inicialmente serão comprados 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, um aumento gradual para 10 milhões de metros cúbicos diários ao longo de três anos, com a meta de alcançar 30 milhões de metros cúbicos por dia até 2030. Este acordo representa uma nova fase na relação energética entre Brasil e Argentina, com grandes implicações para o mercado de energia na América do Sul.

  • Diálogo entre Brasil e EUA sobre Transição Energética: Silveira Fala sobre a Importância da Colaboração Global

    Diálogo entre Brasil e EUA sobre Transição Energética: Silveira Fala sobre a Importância da Colaboração Global

    O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reiterou a intenção de manter um “bom diálogo” com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Em sua declaração, feita em uma entrevista à CNN Brasil, Silveira enfatizou que, mesmo diante de diferenças ideológicas, a continuidade da comunicação é essencial para o futuro energético não apenas do Brasil, mas de ambas as nações.

    Segundo o ministro, o presidente Lula está abordando com “lucidez” a importância da governança global em temas como paz e sustentabilidade. Silveira comentou: “Eu quero acreditar que, mesmo com essa visão diferente do presidente Trump, o diálogo continue e seja permanente.” A ênfase na necessidade de um compromisso global foi um dos pontos centrais de sua fala.

    Silveira também destacou os esforços diplomáticos que têm sido realizados em relação ao futuro energético do Brasil. Durante uma reunião recente com o presidente indiano Narendra Modi, foram discutidos avanços no setor energético, além da assinatura de um acordo com a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.

    O acordo, formalizado na GBA (Aliança Global de Biocombustíveis), visa estabelecer uma governança global para os biocombustíveis, com o objetivo de ampliar a colaboração internacional no desenvolvimento de fontes de energia renovável. Silveira explicou: “Assinamos com a Jennifer Granholm o GBA, criando uma governança global para os biocombustíveis, um passo importante para consolidar uma agenda conjunta em torno da transição energética.”

    O papel do Brasil na promoção de biocombustíveis foi também destacado. Segundo Silveira, a colaboração internacional é essencial para enfrentar os desafios da transição energética e da sustentabilidade ambiental. “Esse protagonismo brasileiro é comprovado aqui no G20 no Rio de Janeiro, com a presença de 55 líderes globais. Demonstramos que o Brasil é o protagonista da transição energética global, protagonista da nova economia, que é a economia verde,” afirmou.

    Enquanto o Brasil se prepara para desempenhar um papel cada vez mais crucial na transição energética global, o fortalecimento dos laços diplomáticos e a busca por parcerias bilaterais tornam-se fundamentais. A interação contínua entre Brasil e Estados Unidos poderá ajudar a enfrentar os desafios emergentes, promovendo um futuro energético sustentável e colaborativo.

  • Brasil possui grande potencial em reservas de urânio, mas enfrenta desafios na cadeia nuclear

    Brasil possui grande potencial em reservas de urânio, mas enfrenta desafios na cadeia nuclear

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a necessidade de modernizar a cadeia nuclear brasileira. Ele ressaltou que, apesar de ser a 7ª maior reserva de urânio do mundo, o país conhece apenas 26% do seu subsolo.

    Na avaliação de Silveira, a legislação atual dificulta a participação do setor privado na exploração, o que limita a eficiência do setor. A Constituição estabelece que o Estado é o controlador, mas é preciso encontrar maneiras de avançar nessa área. Atualmente, a INB e a Eletronuclear são responsáveis pela atividade de extração e produção de energia nuclear.

    Silveira também reconheceu a necessidade de concluir as obras em Angra 3, classificando a instalação como um ‘mausoléu’. Ele ressaltou a importância de considerar os pequenos reatores nucleares e destacou a relevância da energia nuclear para suprir as demandas de energia limpa e renovável, especialmente para os datacenters de IA.

    No Nordeste, em Caetité, Bahia, é a única mina de urânio em operação no Brasil. Além disso, o projeto de Santa Quitéria, Ceará, visa expandir a exploração, mas enfrenta desafios com o licenciamento ambiental.

    Apesar dos depósitos em outros estados, o país precisa superar entraves para se beneficiar plenamente do seu potencial em urânio.