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  • Bolsonaro Rebate Relatório da PF: ‘É uma Peça de Ficção’

    Bolsonaro Rebate Relatório da PF: ‘É uma Peça de Ficção’

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou na quinta-feira, 28 de novembro de 2024, que o relatório da Polícia Federal (PF) que o apontou como um dos líderes de uma suposta organização criminosa, que teria planejado um golpe de Estado em 2022, é uma “peça de ficção”. Em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, Bolsonaro desafiou a credibilidade do documento, afirmando: “Falar de golpe de Estado com general da reserva, 4 oficiais e um agente da PF é outra piada. E como um todo, não tem prova de absolutamente nada.”

    O ex-presidente revelou que sua equipe de advogados concluiu a leitura das quase 900 páginas do relatório na quarta-feira, 27 de novembro. Ele também mencionou que o financiamento para seus advogados veio de doações feitas via Pix por apoiadores: “Eu tenho uma equipe boa de advogados, que eu posso pagar graças ao Pix que as pessoas doaram para mim há um ano e pouco atrás.”

    Bolsonaro comentou que desde 2019 ele é acusado de dar um golpe ao assumir a presidência, ressaltando o impacto positivo de sua gestão em algumas áreas. “O problema que eu vejo que ocasionei é que a gente foi tapando o ralo. Quando você fecha o ralo, por exemplo, na ponte de Santos, que dá um prejuízo de R$ 500 milhões por ano, e passou a dar lucro de R$ 500, esse 1 bilhão ia para o bolso de algumas pessoas.” Para ele, essas melhorias afetaram negativamente aqueles que tradicionalmente se beneficiavam de recursos públicos.

    O relatório da PF, divulgado no dia 26 de novembro, indicou que Bolsonaro propagou informações falsas sobre o sistema eleitoral, tentou cooptar as Forças Armadas e teria conhecimento dos planos orquestrados por assessores, militares e membros de seu governo. O documento sugere que um grupo, que incluía o ex-presidente, pretendia a execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e até a prisão e execução do ministro do STF Alexandre de Moraes.

    A PF indiciou Bolsonaro e mais 36 pessoas no inquérito. Entre os indiciados estão figuras de destaque como:

    • General Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa;
    • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
    • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
    • Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
    • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin.

    As declarações de Bolsonaro e o conteúdo do relatório têm gerado debates acalorados sobre a legitimidade das acusações e o futuro político do ex-presidente. À medida que as investigações avançam, o país observa as repercussões que esses eventos terão no cenário político brasileiro.