Tag: acordo Mercosul UE

  • Acordo Mercosul-UE: Um Acesso Sem Precedentes ao Mercado Global e Diversificação das Exportações

    Acordo Mercosul-UE: Um Acesso Sem Precedentes ao Mercado Global e Diversificação das Exportações

    A conclusão das negociações do aumento das exportações entre a União Europeia e o Mercosul foi celebrada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O presidente da CNI, Ricardo Alban, caracterizou o pacto como um passo importante para a diversificação das exportações brasileiras e para o fortalecimento da competitividade no mercado global. Alban destacou a criação de uma das maiores áreas de integração econômica do mundo, abrangendo um mercado de mais de 750 milhões de consumidores.

    “O acordo trará potenciais benefícios para o Brasil, ampliando nosso acesso preferencial ao mercado mundial de 8% para 37%”, afirmou Alban. Este acesso permite não apenas a expansão das exportações, mas também a inserção internacional alinhada com a agenda de crescimento inclusivo e sustentável, fundamentais para garantir ganhos econômicos e sociais de longo prazo.

    O processo de negociação, iniciado em 1999 e concluído preliminarmente em 2019, enfrentou paralisações em sua ratificação e implementação devido a questões ambientais. No entanto, em 2023, as negociações foram reabertas, levando à conclusão atual. Alban enfatiza que este tratado de livre-comércio representa uma oportunidade histórica, reposicionando o Brasil no comércio global e estimulando a produtividade da indústria de maneira sustentável.

    Benefícios do Acordo

    • Fortalecimento das cadeias de valor da economia brasileira.
    • Promoção da competitividade global.
    • Expansão da base de parceiros comerciais.
    • Integração ao mercado europeu, que representa 30% das exportações mundiais de bens.

    Para a CNI, o caminho à frente é claro: a revisão e tradução do acordo para todos os idiomas dos países membros do Mercosul e da UE são necessários antes de sua assinatura, prevista para ocorrer apenas no início de 2025. O ambiente de negócios mais robusto, a diversificação das exportações e o aumento do acesso a novos mercados são elementos que beneficiarão não apenas as indústrias, mas também a economia como um todo.

    O fortalecimento da competitividade das indústrias brasileiras é um passo essencial para o futuro do país no cenário internacional. A interconexão das economias e a aplicação de práticas sustentáveis são chaves para o crescimento inclusivo que a CNI defende, garantindo ganhos a longo prazo para o Brasil.

  • CEO da Tereos Alerta: Acordo Mercosul-UE Pode Prejudicar a Agricultura Francesa

    CEO da Tereos Alerta: Acordo Mercosul-UE Pode Prejudicar a Agricultura Francesa

    No último dia 22 de novembro de 2024, Olivier Leducq, CEO do grupo francês Tereos, expressou suas preocupações a respeito do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, destacando que o pacto pode resultar em uma concorrência desleal para os agricultores do bloco europeu. O executivo, que lidera a 2ª maior produtora de açúcar no Brasil, afirmou em sua publicação no LinkedIn que tal acordo representa uma ameaça ao futuro dos campos na França.

    O CEO destacou que “numa altura em que nossos colaboradores estão focados na implementação de práticas de Agricultura Regenerativa, como enfrentar a concorrência de produtos importados que não seguem as mesmas normas ambientais e sociais?” Leducq foi enfático em sua oposição ao acordo, apelando à França para que mobilize outros Estados-Membros a não permitir que este pacto seja imposto pela Comissão Europeia.

    As implicações do acordo são significativas para o setor sucroalcooleiro, afetando diretamente a competitividade da produção agrícola francesa. Em sua análise, Leducq afirmou que a agricultura de baixo carbono está sendo implementada gradativamente na França e que o acordo em sua forma atual comprometerá essa ambição. Ele ainda mencionou a mobilização ativa dos agricultores franceses contra o acordo durante o G20, onde o presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou a oposição da França a essa negociação.

    As declarações de Leducq geraram reações no Brasil, com alguns comentadores defendendo que a agricultura brasileira, incluindo a produção de açúcar e etanol, já segue altos padrões ambientais e sociais. O cofundador da NaturAll Carbon, Alexandre Leite, argumentou que as críticas à agricultura brasileira são injustas.

    Se ratificado, a União Europeia concorda em eliminar tarifas sobre 92% das importações do Mercosul em até 10 anos, enquanto o Mercosul cortará 72% das tarifas sobre produtos da UE. No que se refere ao setor agrícola, 81,8% dos produtos importados pela UE do Mercosul estarão isentos de tarifas, enquanto 67,4% das importações do Mercosul da UE também terão isenção.

    • Frango – 180 mil toneladas por ano a mais;
    • Açúcar – 180 mil toneladas;
    • Etanol – 450 mil toneladas para uso industrial e 200 mil toneladas para uso geral;
    • Carne bovina – 99 mil toneladas.

    Além disso, o acordo prevê flexibilização das regras de origem, o que pode aumentar a presença de componentes importados de terceiros países em produtos comercializados no âmbito do tratado.