No dia 18 de novembro de 2024, durante um evento na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, ressaltou a importância de uma regulamentação efetiva das redes sociais. Segundo ele, essa medida é crucial para “retratar uma normalidade democrática” no Brasil.
Em suas declarações, Moraes afirmou: “É necessário, para nós voltarmos à normalidade democrática, uma regulamentação das redes sociais e o fim dessa impunidade. Nunca houve nenhum setor na história da humanidade que afete muitas pessoas e que não tenha sido regulamentado”. Essas palavras refletem a crescente preocupação com a falta de responsabilidade das plataformas digitais diante de conteúdos nocivos.
Na próxima semana, o STF iniciará o julgamento de três ações que podem alterar significativamente o Marco Civil da Internet, levando à responsabilização das redes sociais por conteúdos publicados. Moraes salientou que a culpa não reside nas redes sociais em si, mas sim nas “pessoas por trás delas”, que utilizam algoritmos sem transparência, alimentando um ambiente repleto de ódio e desinformação.
- Crimes de ódio: A impunidade em delitos de ódio foi um dos pontos centrais abordados pelo ministro.
- Big Techs: O ministro destacou que as grandes empresas de tecnologia detêm um “maior poder político e de geopolítica que se tem notícia na história”.
- Democracia: Moraes enfatizou que a proteção dos ideais democráticos é essencial e não deve ser comprometida por interesses empresariais.
O julgamento das ações, que será conduzido pelos ministros Dias Toffoli, Luiz Fux e Edson Fachin, visa discutir as circunstâncias nas quais as redes sociais podem ser responsabilizadas pelo que é compartilhado em suas plataformas. Este é um passo importante para garantir um ambiente online mais seguro e responsável.
Vale ressaltar que a discussão sobre a regulamentação das redes sociais não é nova, tendo sido adiada em maio de 2023 para dar tempo ao Congresso Nacional para avançar em um projeto de lei relacionado às fake news. O atual presidente da Câmara, Arthur Lira, foi responsável por limitar a tramitação deste projeto.
A pressão para que se chegue a um consenso sobre a regulamentação das redes sociais é crescente, e todas as atenções estarão voltadas para o que o STF decidirá a partir do dia 27 de novembro.