Recentemente, uma investigação da Polícia Federal revelou que militares presos discutiram um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A reunião, marcada para o dia 12 de novembro de 2022, ocorreu na residência do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro.
O objetivo da reunião era criar um planejamento operacional para um grupo de operações especiais do Exército conhecido como “kids pretos”. Este grupo visava atuar em um movimento que, segundo os investigadores, teria como alvo não apenas Lula e Moraes, mas também o vice-presidente Geraldo Alckmin.
De acordo com a PF, o monitoramento de Moraes começou logo após a reunião e foi parte de um plano que desenhava uma possível ação criminosa, datada para 15 de dezembro de 2022. O general Mário Fernandes, que participou do encontro, elaborou um documento que explicitava a necessidade de formar um gabinete de crise para restaurar a legalidade e a estabilidade institucional no Brasil.
Entre os membros presentes na reunião estavam figuras de destaque como o tenente-coronel Mauro Cid e os militares na mira da operação, major Rafael de Oliveira e tenente-coronel Helio Ferreira Lima. O general Heleno seria o chefe do gabinete, enquanto Braga Netto atuaria como coordenador geral da ação. Essa configuração levanta sérias questões sobre a intenção e o comprometimento de figuras de alto escalão dentro da estrutura militar e política brasileira.
As revelações vêm à tona em um contexto de crescentes tensões políticas no Brasil, onde a polarização e a retórica violenta têm se intensificado. Há um chamado para que as autoridades tomem medidas mais rigorosas contra tentativas de deslegitimar as instituições democráticas e garantir a segurança dos líderes eleitos. O caso destaca a importância da vigilância e da responsabilidade dentro das forças armadas e no governo.
Ao longo do processo investigativo, a PF identificou uma minuta para a constituição do Gabinete de Crise, planejada para ser formada imediatamente após um golpe de Estado, visando a destituição de figuras chave do governo atual. A situação é alarmante e demanda uma análise profunda sobre o estado da democracia e da segurança nacional no Brasil.
Este episódio trágico não deve ser visto apenas como uma tentativa individual de golpe, mas como um sintoma de um problema maior que envolve segurança nacional, respeito à democracia e os limites do poder militar em uma nação que deve ser regida pelo estado de direito.